O procurador-geral da
República, Rodrigo Janot, pediu o arquivamento das investigações contra dois
políticos da oposição já falecidos citados em delação premiada como beneficiários
do esquema de corrupção na Petrobras: o ex-governador de Pernambuco Eduardo
Campos (PSB) e o ex-deputado e ex-senador Sérgio Guerra (PSDB-PE). As
investigações contra os dois pernambucanos não serão levadas adiante porque
eles morreram no ano passado.
Janot também pediu que fossem arquivadas as
apurações contra o ex-presidente da Câmara Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) por
considerar não haver indícios de envolvimento do ex-deputado com as denúncias
da Operação Lava Jato. Esse também foi o entendimento do procurador-geral em
relação ao senador Aécio Neves (PSDB-MG), líder oposicionista citado em
depoimento da delação premiada.
O arquivamento do caso de Henrique Eduardo
abre caminho para sua nomeação como novo ministro do Turismo, que ficou
congelada pela presidenta Dilma Rousseff (PT) enquanto não houvesse um desfecho
de seu caso no Supremo Tribunal Federal (STF).
Candidato à Presidência da República, Eduardo
Campos morreu em um desastre aéreo, em agosto do ano passado. Em delação
premiada, o doleiro Alberto Youssef afirmou que o ex-governador de Pernambuco
recebeu R$ 10 milhões do esquema pagos por empreiteiras envolvidas na
construção das obras da refinaria Abreu e Lima, uma das principais da Petrobras
nos últimos anos. Familiares e aliados políticos do ex-governador negam
qualquer envolvimento dele com irregularidades.
Ex-presidente nacional do
PSDB, Sérgio Guerra morreu em março do ano passado, aos 66 anos, em decorrência
de complicações de um câncer no pulmão. Ele foi apontado por Youssef como responsável
por esvaziar uma CPI no Senado que investigava desvios de recursos na
Petrobras. O doleiro disse que o tucano recebeu propina de empresas envolvidas
no esquema da Lava Jato para ajudar a enterrar essa CPI.
Fonte: Portal Pragmatismo Político