AQUI E ALI
(Mário Melo)
O "acôrdo" em "tôrno" da
política de São José do Egito trouxe para o público a vantagem de
esclarecimento do que se ali passava.
Na Assembléia, os deputados da Aliança
limitavam-se a acusar o delegado de polícia. Era "êle" o causador de
tudo. Fecharam a questão em "tôrno" de sua retirada. E daí aquela
deliciosa "renúncia até que"...
Agora com o "acôrdo" - publicado a
nota subscrita pelo líder da maioria, o líder da minoria e pelo prefeito do
município é que a gente vê que também havia "coisas" do outro lado.
Examinemos os compromissos tomados pelo
Prefeito:
"1º Restauração das servidões públicas
existentes à data da posse do atual Prefeito"
Conclusão de quem observa de fora: depois da posse do atual prefeito foram fechados caminhos ou estradas que era de domínio público.
"2º "Reposição da feira de Santa
Terezinha no local primitivo ressalvados os interêsses da fiscalização da
Prefeitura".
Conclusão de quem observa de fora: houvera
mudança de feira naquele povoado, senão proibição da mesma, contra os
"intêresses" locais, tanto assim que vai ser reposta.
3º " Restabelecimento da ligação de luz
para o distrito de Itapetim".
Observação de quem está de fora: Se vão religar a luz para aquele distrito é que antes a haviam cortado, o que é tanto mais grave quanto Itapetim constitui o maior reduto do PSD, no município de São José do Egito.
4º " Cessação de campanhas políticas na emissora
local, até a proximidade dos pleitos eleitorais."
Conclusão de quem está de fora: então a
emissora local faz campanha contra os pessedistas.
Se tudo isso foi aceito pela UDN, mediante
substituição do delegado - trata-se de perfeito acordo bilateral - é que também
a "volta" era cruel para os pessedistas.
E na Assembléia só se acusava o delegado. Era um diabo solto na Côrte Celestial!
...(Mário Carneiro do Rego Melo, bacharel em
1907, jornalista, historiador, professor, telegrafista, Cônsul e deputado.)
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Segundo Erasmo Siqueira, esses recortes faziam
parte de jornais colecionados pelo médico Dr. Arlindo Leite Lopes (in
memoriam). Depois da sua morte, não se sabe por quem, foram jogados no lixo.
Fonte: Facebook de Lusa Piancó
Vilar