Ao ler a obra Guarabira – 1603-1887 – Missão, Vila,
Cidade, do jornalista e escritor Nonato Nunes, senti-me como os primeiros
colonizadores que por aqui arrastaram os pés em tantas caminhadas, quer
buscando as riquezas da terra e da Serra da Copaoba, quer na intenção de catequizar
ou escravizar o silvícola ou para assegurar a posse da terra a algum governante
do momento.
Muito bom conhecer o
livro de Nonato, fruto de pesquisa séria em face de ter podido se deparar com
fontes – me parecem que invioladas – que lhes foram disponibilizadas sem
dificuldades maiores para leitura e estudo, por voluntária ação de quem se
desprende da vaidade de guardar para si apenas e tão somente, um cabedal histórico
tão importante à elucidação de dúvidas e desmistificação de lendas seculares.
Excelente isso, meu caro Nonato e parabéns pelo belo trabalho.
Até então, quem
ousaria sem à luz de documentos – me parecem que não viciados –, trazer ao
ensino atual nomes que tiveram uma responsabilidade maior e definida como
Duarte Gomes da Silveira, chegado nos primórdios da colonização da terra, um
injustiçado pela história segundo Nonato?
O livro é uma
verdadeira chama acesa a quem goste da pesquisa e dos questionamentos que dela
podem surgir, porque permitirá no aprofundamento dos estudos sobre a formação
histórica de Guarabira, a elucidação de dúvidas e a explanação de novos fatos
que se aproximam e muito da verdade. Sabe-se desde os bancos escolares que a
história precisa ter compromisso com a realidade!
É hora de reflexão à
luz dessa nova oportunidade do conhecimento científico, que estabeleça os
acontecimentos nos primórdios desta terra, e melhor oportunidade não poderia
existir. Aproveitem os historiadores atuais, discutam essa história em maior
profundidade e mãos à obra, ou melhor, à História de Guarabira.