quarta-feira, 17 de junho de 2015

ÁGUA SUBTERRÂNEA DA TERRA ESTÁ ACABANDO RAPIDAMENTE, DIZ ESTUDO


Um terço das maiores reservas de água do planeta estão esvaziando rapidamente devido à atividade humana e não está claro quanto líquido contêm, revelaram dois estudos.

Amplos setores da população estão usando água subterrânea sem saber quando vão se esgotar, dizem os pesquisadores de um estudo publicado nesta terça-feira na revista científica Water Resources Research.

"Os métodos físicos e químicos de medição que existem hoje são simplesmente insuficientes", declarou o professor da Universidade da Califórnia em Irvine Jay Famiglietti, principal investigador do estudo.

"Dada a velocidade com que estamos consumindo água de reservas subterrâneas, precisamos coordenar um esforço global para determinar quanta água é", afirmou Famiglietti, que também trabalha como especialista em investigação sobre a água no Laboratório de Propulsão à Jato da Nasa. 

No primeiro estudo, os pesquisadores observaram 37 dos maiores aquíferos do mundo entre 2003 e 2013. Oito deles foram classificados como "super-utilizados", o que significa que estão sendo esvaziados sem serem recarregados naturalmente para combater o dreno.

Determinou-se que cinco aquíferos foram "extremamente ou muito utilizados".

Os cientistas advertiram que a situação irá se intensificar com a mudança climática e o crescimento da população. Os aquíferos mais sobrecarregados estão nos lugares mais secos do mundo onde há muito pouco reabastecimento natural. 

De acordo com o segundo estudo, não é possível determinar o volume total de água subterrânea remanescente no mundo e as estimativas dos diferentes cientistas diferem sobre os anos restantes "até chegar à exaustão".

"Não sabemos quanta água existe em cada um destes aquíferos. As estimativas podem varias entre décadas e milênios", ressaltou Alexandra Richey, principal autora dos dois estudos.

"Estamos tentando ativar um alerta agora para mostrar onde uma gestão ativa hoje poderá proteger vidas e o sustento da população no futuro." 

Fonte: Diário de Pernambuco