O
senador Delcídio do Amaral (PT-MS), líder do governo no Senado, disse nesta
quinta-feira que uma mudança na medida provisória que estabelece a
política de reajuste do salário mínimo permite que a presidenta Dilma Rousseff
vete o mesmo tipo de correção para os aposentados.
Na
quarta-feira, o plenário do Senado aprovou o texto, enviado pela Câmara, da
Medida Provisória (MP) 672/2015 que prorroga a política de reajuste do salário
mínimo por mais quatro anos, até 2019. Ainda na tramitação na Câmara, foi inserida
na MP a mesma correção para os aposentados da Previdência Social.
Segundo
Delcídio do Amaral, na votação no Senado foi feita uma emenda de redação que
divide a proposta de política de reajuste do salário mínimo e a correção das
aposentadorias. “Fica o espaço para vetar aquilo que diz respeito à
Previdência, porque as contas não fecham. O governo trabalha para dar mais
dignidade aos aposentados, mas a gente não pode arrebentar as contas da
Previdência”, disse o senador, após reunião de parlamentares com o ministro da
Fazenda, Joaquim Levy.
Delcídio
do Amaral disse ainda que não é o momento de reduzir o superávit primário,
economia do governo para o pagamento de juros da dívida pública, como propõe o
senador Romero Jucá (PMDB-RR).
Segundo
ele, o ministro da Fazenda não defende a redução. “As medidas (de ajuste
fiscal) começam a ter impacto efetivo na economia a partir do segundo semestre.
Neste momento, precisamos ter muita cautela, e não alterar metas, porque
estamos já no fim da aprovação do pacote de medidas para se ter rigor fiscal. O
governo, em um momento como esse, jamais abriria a guarda ou mudaria essa meta,
que está pautando todo esse ajuste fiscal”, disse o senador.
De
acordo com Delcídio do Amaral, esse assunto não foi discutido na reunião de
hoje com o ministro. Entretanto, o senador disse manter conversas constantes
com o ministro da Fazenda.
A
reunião desta quinta-feira do ministro com senadores foi feita para discutir a
criação de fundos de desenvolvimento regional e de compensação dos estados, por
perdas com a reforma do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços
(ICMS).
Fonte:
Correio do Brasil