Os operadores do
sistema de transporte coletivo de João Pessoa acataram proposta de reajuste
salarial de 10%, retroativo a 1º de julho, oferecida pelos empresários dos
transportes coletivos urbanos de João Pessoa, e decidiram não mais fazer greve.
O acordo relativo à convenção coletiva 2015/16 foi referendado pelos
trabalhadores na noite desta terça-feira (7), durante assembleia da categoria
realizada na sede do sindicato. Além dos 10% de aumento, o acordo feito sob
mediação da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego estabelece aumento
no valor do Vale Alimentação e outros ganhos para os funcionários.
O presidente do
Sindicato dos Motoristas Profissionais da Paraíba, Antônio de Pádua, comemorou
os avanços da categoria. "Esse reajuste que conseguimos acordar com os
patrões está 2% acima da inflação oficial, o que significa que teremos um ganho
real de salário. Além disso, avançamos em outras conquistas importantes como o
reajuste no valor do Vale Alimentação, conseguimos aumentar o valor da gratificação
mínima para o motorista que também atua como cobrador que agora será de R$
250,00, e ajustamos que nenhum trabalhador receberá menos que o valor do Vale
Alimentação do Cobrador que ficou acordado em R$ 212,00, entre outras
vantagens, de forma que a categoria tem muito o que comemorar", afirmou
Pádua.
O sindicalista
destacou que essa foi uma das melhores negociação da categoria dos
últimos anos. Das 34 cláusulas do acordo, 33 foram acordadas. Apenas a do
pagamento do Plano de Saúde não avançou.
Além de motoristas e
cobradores também estão incluídos no acordo os profissionais das empresas de
ônibus de João Pessoa que trabalham como fiscais, manobristas, despachantes,
mecânicos e revisor, além dos funcionários do setor administrativo, algo em
torno de 3.600 profissionais.
O presidente do
Sindicato das Empresas de Transporte Coletivos Urbanos de João Pessoa
(Sintur/JP), Alberto Pereira, afirmou que o aumento concedido pelas empresas
vai exigir muito esforço da parte patronal. "O acordo celebrado contempla
a categoria dos motoristas com um índice semelhante ao INPC e também ficou
acima do percentual de negociação de várias capitais do Nordeste. Fechamos o
acordo no máximo que as empresas podiam negociar e suportar", disse
Alberto.
Fonte: Portal ClickPB