A
tancagem, que é o armazenamento de combustíveis, feita pela Petrobras no Porto
de Cabedelo, permanece como está. Porém, a estatal avisou nessa quinta-feira
(27), em nota, que pretende ofertar mais derivados de petróleo a partir de
Pernambuco em até cinco anos. Apesar de não falar diretamente em fim da
tancagem na Paraíba, o risco do estado perder o procedimento pode acarretar
prejuízos de R$ 20 milhões por mês para o estado.
A alteração
da tancagem no Porto de Cabedelo vem sendo debatida entre políticos e se houver
alguma alteração, só Cabedelo, na Grande João Pessoa, perderia cerca de R$ 4
milhões por mês.
Outro
problema seria a logística para a distribuição de combustíveis na Paraíba, que
dependeria mais de Pernambuco, o que poderia encarecer os custos e o preço para
o consumidor final.
Segundo
o comunicado da Petrobras, as distribuidoras são responsáveis pela definição de
onde vão buscar combustíveis, ou seja, se elas poderão optar pela Refinaria de
Abreu e Lima (RNEST), na Grande Recife (PE), ou se manter no Porto de Cabedelo,
na Grande João Pessoa.
“Cabe
ressaltar que o local de aquisição dos produtos para suprimento dos mercados é
uma opção das companhias distribuidoras, considerando a logística de cada
empresa e os aspectos tributários envolvidos", disse a empresa.
TANCAGEM,
CABOTAGEM... Outro
processo ameaçado foi o
da cabotagem, um procedimento que ocorre por meio de navegação
com troca de mercadorias de um porto a outro, no mesmo país, em trajetos
curtos, e que serve para reduzir custos e tornar mais eficiente a logística na
distribuição de produtos.
Após
reuniões com políticos e
várias discussões sobre o assunto, a Petrobras afirmou que a
cabotagem permanece ocorrendo em Cabedelo, mesmo reforçando, também nesse caso,
que há planos para uma oferta maior de derivados do petróleo a partir de
Pernambuco, em até cinco anos.
Sobre
a cabotagem, o Porto de Cabedelo disse que não havia recebido nenhuma
informação de alteração por parte da Petrobras. A administração do Porto
destacou, inclusive, o crescimento
de 46% nas movimentações, frente à crise. Fonte: PORTAL CORREIO.