Às vezes me pergunto
de que adianta querer acreditar num país que ao se modernizar parece que o faz
em demasia sem se preocupar com os seus cidadãos e sobretudo aqueles que vivem
pagando tantos impostos e tão caros.
A lei do trânsito,
por exemplo, se modernizou tanto que motoristas envolvidos em acidentes que não
produzam vítima fatal, devem procurar resolver a situação entre eles mesmos e
não tentar conseguir a presença de um policial. E quem está errado vai querer assumir
a situação e os danos materiais surgidos? E o diálogo ocorrerá pacificamente
quando todos querem ter razão?
Pois é, hoje passo
por situação idêntica, quando à tarde, no instante em que me dirigi ao encontro
das famílias promovido pela Igreja católica no Ginásio de Esportes do Colégio
Estadual, um veículo conduzido por um jovem bateu na traseira do meu carro e empreendeu
fuga imediatamente, enquanto encostava para conversar com ele. Ao encontrá-lo numa rua transversal mais à frente, passei a
ouvir os seus impropérios e palavras de baixo calão de toda ordem como se ele
estivesse certo e tivesse sido eu o provocador do acidente.
Dói saber que a gente
luta com tanto sacrifício e num momento como esse, aos 68 anos de idade, tenho
que procurar uma delegacia de polícia quando poderia ter conversado
civilizadamente e resolvido a questão. Não gostei e nem me senti bem escutar tantos
palavrões comigo e minha esposa que se encontrava presente. É uma pena que
tantos jovens atualmente não respeitem leis e nem sexo ou idade e procurem se
afirmar através de pronúncia de impropérios e até prática de agressões mais
sérias. Talvez seja porque se acham donos do mundo e pensem que são
inatingíveis pela lei.