247 - O vice-presidente do Grupo Globo, João Roberto
Marinho, procurou nas últimas semanas líderes das principais forças políticas
do país e integrantes do governo para expressar preocupação com o agravamento
da crise e pedir moderação para evitar que ela se aprofunde ainda mais.
Ele esteve com o presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), na reunião
com a bancada do PSDB no Senado, e falou com outros dois líderes de prestígio
na sigla, o governador paulista, Geraldo Alckmin, e o senador José Serra
(SP).
Há dois meses, Marinho já manifestava preocupação
com o cenário econômico e o risco de descontrole no ambiente político, quando
recebeu o governador Geraldo Alckmin na sede da Globo, no Rio. Tal preocupação
aumentou a decisão do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha
(PMDB-RJ), de romper com o governo e patrocinar projetos que ameaçam o
equilíbrio das finanças públicas.
Um dos proprietários da TV Globo,
João Roberto também esteve reunido com três ministros do governo Dilma Rousseff
(Aloizio Mercadante, Edinho Silva e Henrique Alves) e com o vice-presidente
Michel Temer (PMDB) na semana passada, além de também se reunir com o presidente
do Senado Renan Calheiros (PMDB) e com a bancada do PT na Casa. No encontro com
os petistas, ele afirmou que Dilma vai cumprir o mandato até 2018.
Na
conversa com Temer, que ocorreu na última terça (11), Marinho pediu uma
avaliação das chances de o Planalto conseguir recompor sua base no Congresso e
questionou o vice sobre os caminhos que o PMDB vê para o país. Em todos os
encontros, ele demonstrou preocupação com a situação econômica, mencionando a
queda acentuada do faturamento dos grupos de mídia e de outros setores da
economia.
Desde que iniciou essas conversas, houve uma
mudança na forma como a TV e o jornal de propriedade de Marinho passaram a
tratar o governo. Em editoriais, o jornal O Globo passou a condenar a
possibilidade de golpe e endureceu o discurso contra Cunha. Na TV, os espaços
para os discursos de Dilma tiveram sensível aumento. E neste sábado (15), na
edição do Jornal Nacional, não foi feita qualquer menção aos protestos que
ocorrerão neste domingo (16), atitude bem diferente das edições da véspera das
manifestações do primeiro semestre. Fonte: Brasil 247.
COMENTANDO A NOTÍCIA: A meu pensar essa é uma posição equilibrada de uma empresa de mídia da maior importância para o desenvolvimento do país, como a Globo. Sabe-se bem do seu poder perante a população, muito embora passe atualmente por muitos instantes de contestação popular. Mas, ainda é a Globo, sim!
Alimentar manifestações contra um resultado eleitoral democrático e legítimo adquirido nas urnas de outubro de 2014, é querer induzir a população a contribuir com aqueles que não têm outro objetivo neste instante senão alcançar o poder da República através de golpe. Isso se outras forças não estiverem silenciosamente trabalhando para na oportunidade se fazerem alçar ao poder central e impingir ao povo brasileiro uma nova ditadura. Aliás disso a gente entende e a Globo muito mais, sem dúvida.
Não se pode dizer que a população brasileira está satisfeita com a presidente Dilma Rousseff neste segundo mandato, principalmente a classe pobre que começa a sofrer os efeitos da inflação presente no dia a dia. Entretanto, é inadmissível que pelos erros administrativos que esteja cometendo, desde que não seja avanço no dinheiro público e de forma comprovada pelos órgãos responsáveis por tal missão, que se queira expulsá-la do mandato como se eleição existisse de faz de conta ou ocorresse tantas vezes quantas necessárias até que o candidato perdido pudesse alcançar os seus objetivos de poder.
Amadureçamos e aguardemos todos a ocasião de voltar às urnas para banir aqueles que tenham nos induzido a caminhar novamente ao fracasso socioeconômico, se é que isso aconteça realmente até 2018.
Ah, e o Congresso também precisa estar alerta e se imunizar contra oportunistas que lá estão como se representassem o povo brasileiro, recebendo gordas diárias e elevados salários sem ao menos apresentar um projeto ou na tribuna dar o ar de sua graça. São aves de rapina à espera de novas oportunidades para empregar seus apadrinhados e familiares. Vivem disso e para isso apenas.