A
greve de servidores técnico-administrativos da Universidade Estadual da Paraíba
(UEPB) completou cinco meses. Já os professores, deflagraram o movimento
grevista há dois meses. Nesta sexta-feira (14) chegou à Universidade um pedido
de esclarecimentos feito por estudantes da instituição contestando a legalidade
da greve. O movimento, porém, não tem previsão de término.
O
reitor da UEPB, Rangel Júnior, acredita que "o maior prejuízo, sem dúvida
nenhuma, é à atividade acadêmica, a atividade de aulas, o atendimento dos estudantes",
já que o calendário letivo seria regularizado até o fim deste ano ainda devido
aos atrasos causados por outra greve em 2013. Além de a greve ter sido
deflagrada faltando apenas duas semanas para que o semestre fosse encerrado.
De
acordo com ele, já houve um atendimento parcial das reivindicações no que diz
respeito ao reajuste salarial na data-base. Rangel explica que, porém, a
discussão salarial não está no âmbito de competências da reitoria. "É uma
prerrogativa do governo do estado fazer a negociação salarial e encaminhar à
assembleia legislativa um projeto de lei definindo percentuais de reposição
salarial", afirmou.
O
governador Ricardo Coutinho, no entanto, afirmou em entrevista que a UEPB tem
autonomia plena sobre o assunto. Ele apontou que não pode se intrometer neste
processo para discutir questões internas da universidade. "Eu espero que a
reitoria, professores e funcionários possam chegar a um acordo dentro das
condições do estado porque não é justo também você ter o estado sendo penalizado
e servidores públicos ganhando de uma forma completamente diferenciada",
declarou.
O
reitor Rangel Júnior afirmou que se reuniu com o comando de greve dos
servidores nesta semana e irá se reunir com o comando de greve dos professores
na próxima semana. Ele ainda disse que está tentando negociar com os grevistas
"a possiblidade de quaisquer alterações que venham a ser implementadas
como vantagem, que nós pudéssemos trabalhar no orçamento 2016 e levar essas
reivindicações, essas conquistas para janeiro de 2016", já que o orçamento
já está sendo estudado.
Rangel
afirmou que ainda não foi discutida a parte quantitativa referente à UEPB para
o ano de 2016, mas que vão buscar o melhor orçamento possível. "Vamos
tentar negociar com o governo do estado na tentativa de atender não somente
essas questões de ordem salarial, mas também atender um conjunto de demandas
que a Universidade tem e que precisa buscar atender no ensino, na pesquisa e na
extensão", detalhou enfatizando que a decisão no que diz respeito ao reajuste
salarial é do Governo do Estado. Fonte: Portal ClickPB.