sábado, 15 de agosto de 2015

GOVERNO E UEPB NÃO ENTRAM EM CONSENSO SOBRE QUEM DEVE DEFINIR REAJUSTE A GREVISTAS



A greve de servidores técnico-administrativos da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) completou cinco meses. Já os professores, deflagraram o movimento grevista há dois meses. Nesta sexta-feira (14) chegou à Universidade um pedido de esclarecimentos feito por estudantes da instituição contestando a legalidade da greve. O movimento, porém, não tem previsão de término.

O reitor da UEPB, Rangel Júnior, acredita que "o maior prejuízo, sem dúvida nenhuma, é à atividade acadêmica, a atividade de aulas, o atendimento dos estudantes", já que o calendário letivo seria regularizado até o fim deste ano ainda devido aos atrasos causados por outra greve em 2013. Além de a greve ter sido deflagrada faltando apenas duas semanas para que o semestre fosse encerrado.

De acordo com ele, já houve um atendimento parcial das reivindicações no que diz respeito ao reajuste salarial na data-base. Rangel explica que, porém, a discussão salarial não está no âmbito de competências da reitoria. "É uma prerrogativa do governo do estado fazer a negociação salarial e encaminhar à assembleia legislativa um projeto de lei definindo percentuais de reposição salarial", afirmou.

O governador Ricardo Coutinho, no entanto, afirmou em entrevista que a UEPB tem autonomia plena sobre o assunto. Ele apontou que não pode se intrometer neste processo para discutir questões internas da universidade. "Eu espero que a reitoria, professores e funcionários possam chegar a um acordo dentro das condições do estado porque não é justo também você ter o estado sendo penalizado e servidores públicos ganhando de uma forma completamente diferenciada", declarou.

O reitor Rangel Júnior afirmou que se reuniu com o comando de greve dos servidores nesta semana e irá se reunir com o comando de greve dos professores na próxima semana. Ele ainda disse que está tentando negociar com os grevistas "a possiblidade de quaisquer alterações que venham a ser implementadas como vantagem, que nós pudéssemos trabalhar no orçamento 2016 e levar essas reivindicações, essas conquistas para janeiro de 2016", já que o orçamento já está sendo estudado.

Rangel afirmou que ainda não foi discutida a parte quantitativa referente à UEPB para o ano de 2016, mas que vão buscar o melhor orçamento possível. "Vamos tentar negociar com o governo do estado na tentativa de atender não somente essas questões de ordem salarial, mas também atender um conjunto de demandas que a Universidade tem e que precisa buscar atender no ensino, na pesquisa e na extensão", detalhou enfatizando que a decisão no que diz respeito ao reajuste salarial é do Governo do Estado. Fonte: Portal ClickPB.