quinta-feira, 3 de setembro de 2015

CORDEL E LITERATURA BRASILEIRA




Por que chamar o nosso produto cultural mais genuíno de "literatura de cordel"? Por que dizer que o cordel nasceu em Portugal se esse forma poética só existe no Brasil, tem pai e data de nascimento, com certidão e tudo o mais? Por que chamar o cordel de "poesia popular" se a poesia não requer adjetivos, ela só se basta? Por que conceituar o cordel a partir de ciclos se o cordel não é folclore, não é anônimo e muitos dos "ciclos" sequer se sustentam com dois ou três títulos apenas? Por que teimar em dizer que o cordel é oral se ele é eminentemente escrito com provas gráficas e fotomecânicas? Por que querer dizer que o cordel é poesia sertaneja se foi nas cidades, no litoral sobretudo, que ele ergueu-se como força e arma e combate e luta e escrita literária? Por que querer sinonimizar cordel com xilogravura se esta é uma arte autônoma e representa tão pouco no processo ilustrativo do cordel? Por que os cursos de Letras do país não incluem em seu currículo obrigatório o cordel brasileiro? Por que os nomes de Leandro Gomes de Barros, João Martins de Ataíde, Francisco das Chagas Batista, José Camelo de Melo Resende, Antonio Teodoro dos Santos, Manuel D'Almeida Filho, Joaquim Batista de Sena, Apolônio Alves e outros poetas do cordel não figuram nos manuais de Literatura Brasileira? Vamos debater, vamos resolver esses casos? Essas e outras questões políticas, poéticas e pedagógicas durante nosso bate-papo em João Pessoa: ANOTAÇÕES PARA O PENSAMENTO CRÍTICO SOBRE O CORDEL BRASILEIRO”, dentro da programação do projeto Sesc de Letras 2015.

Será no dia 09 de setembro das 19 às 22 hs, no Sesc Centro João Pessoa. Trata-se da primeira etapa do projeto que tem inscrições gratuitas e dá certificados aos inscritos.

O Setor de Cultura do Sesc fica situado à Rua Desembargador Souto Maior 281, Centro João Pessoa. Fones: 32083158/999960183.
Fonte: Facebook de Aderaldo Luciano.