O deputado Luiz Couto (PT-PB),
ex-presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, manifestou preocupação
com a situação de violência que está vitimando as comunidades indígenas,
citando a morte de um líder indígena da tribo Guarani e kaiowá do estado do
Mato Grosso do Sul, nos últimos dias.
“Desta vez, foi um líder indígena pai
de família e responsável por passar adiante a cultura, história e tradições da
tribo. Então, quando perdemos uma liderança indígena, morre-se um pedaço da
cultura e da história. Por mais, que se avive dentro de nós a luta por Justiça,
não tem que ser assim. Não tem que ser pela morte”, lamentou Luiz Couto.
“A morte não é a maior perda da vida.
A maior perda da vida é o que morre dentro de nós enquanto vivemos”, disse Luiz
Couto, citando a frase do pintor italiano Pablo Picasso. Com essa mensagem, o
parlamentar petista registrou o luto que vem se arrastando, há dez anos, na
aldeia Nhanderu Marangatu - terra indígena tradicional da tribo Guarani e
Kaiowá.
“Até quando leremos nos noticiários o
dramático estado de calamidade entre homens fortemente armados expulsando e
matando índios culturais do nosso País”, questionou o deputado.
Demarcação – Luiz Couto lembrou ainda
um marco importante quando as terras desses povos indígenas foram reconhecidas
e homologadas pelo Governo Federal, em meados de 2005.
No entanto, observou, a suspensão dos efeitos da homologação, seguido por ordem de despejo proveniente do Poder Judiciário, destinou quase mil pessoas “ao peso impagável de mais de uma década de beira de estrada, mortes e a obrigatoriedade de suportar condições sub-humanas de vida”.
O deputado fez questão de destacar que essas centenas de pessoas passaram a viver, desde então, em menos de 150 dos 9.500 hectares homologados.
Ascom do Dep. Luiz Couto, com PT na
Câmara