O pronunciamento do
deputado estadual Gervásio Maia, ainda filiado ao PMDB, a portais paraibanos sobre
sua insatisfação com a cúpula dirigente do partido por não o ter convidado em
instante algum para reunião sobre “convenções e alterações nas comissões
provisórias”, é uma inequívoca demonstração de tristeza, mesmo sentimento que
acomete a tantos outros membros daquele que é considerado desde o início da sua
formação como a “chama viva de democracia”.
Essa teria sido uma
reação de quem esperava mais atenção, pelo seu passado de luta em favor da
sigla e do povo paraibano. Não achou justa a disputa naquele momento para nova
presidência da sigla, uma vez que segundo ele mesmo, havia um acordo celebrado
há meses quando da condução do deputado federal Manoel Junior à presidência, para
lhe ser passado o bastão da presidência a partir deste ano. Não houve
cumprimento do acordo e, assim, Gervasinho ficou de fora.
Comenta-se que a
intenção de Gervásio Filho seria de entregar o partido nas mãos do governador
socialista Ricardo Coutinho, o que não agradava a muitos partidários.
Por sua vez, o presidente
Manoel Junior – de quem se diz ter a intenção de entregar o PMDB ao tucano
Cássio Cunha Lima – ao ser ouvido por repórteres sobre os lamentos de Gervásio
Maia, afirma que aguardou a sua autorização até o último momento para manter o
seu nome na chapa e isso não ocorrendo, para que posteriormente não surgisse
algum pedido de impedimento através da justiça, suprimiu-lhe o nome e deu prosseguimento à
eleição da qual saiu presidente.
Enquanto isso, o
ex-governador Roberto Paulino, peemedebista ferrenho, já se pronunciou
desfavorável a qualquer possibilidade de aliança futura do PMDB com o PSDB do
senador Cássio Cunha Lima. Já vem botando “água fria na fervura” de quem pensar
que vai entregar a sigla ao tucano senador.
Se neste ano as coisas
já andam assim, imagine-se como estarão no ano vindouro quando acontecem
convenções para escolha de candidatos a prefeito, vice e vereadores na Paraíba.
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