Ontem, 20, Guarabira
se fez enlutar mais uma vez, quando se dispôs a viver a vida eterna o seu filho
Valdez Cavalcanti, advogado e poeta, há muitos anos residindo na cidade de João
Pessoa, depois de ter residido em Campina Grande também.
Intelectual muito
reservado, de voz marcante e grave, Valdez por aqui espargiu seus conhecimentos
ideológicos através de brilhante oratória, na década de 60, sempre muito
aplaudido em praça pública pelos participantes assíduos de memoráveis campanhas
partidárias.
Não seria diferente o
seu sucesso intelectual quando participante de movimentos estudantis
guarabirenses em que a literatura se sobressaia através de grêmio literário da
Escola de Comércio Santo Antonio, por exemplo, criado sob incentivos da magna
mestra Maria Eulália Cantalice.
Nas páginas
eletrônicas do Recanto das Letras (www.recantodasletras.com.br)
busquei desse poeta guarabirense uma das suas mais belas poesias, dentre tantas
outras marcantes ali contidas, reproduzindo-a para homenageá-lo como ilustre guarabirense
dos tempos da minha juventude e de tantos outros que ainda estão por aqui, enquanto
o Altíssimo vai permitindo.
Enquanto lhe expresso
mesmo à distância sentimentos de saudade, aos seus familiares destaco os meus
mais sinceros votos de condolências.
FRAGMENTOS
Quando se
for a luz do meu olhar...,
Para ver os verdes campos do além,
Sim, sei..., não farei falta a ninguém...
De saudade ninguém há de chorar.
Quando cessar no meu falar o canto,
O verso, mudo, não puder cantar...
Ninguém no mundo vai querer lembrar
Da minha vida, meu pesar, meu pranto.
Mas se te dei algum contentamento...,
E se algum dia, em algum momento,
Me viu como meu coração a vê...
Guarda de mim, pela eternidade,
Pequenos fragmentos de saudade:
Estes versos que fiz para você.
Para ver os verdes campos do além,
Sim, sei..., não farei falta a ninguém...
De saudade ninguém há de chorar.
Quando cessar no meu falar o canto,
O verso, mudo, não puder cantar...
Ninguém no mundo vai querer lembrar
Da minha vida, meu pesar, meu pranto.
Mas se te dei algum contentamento...,
E se algum dia, em algum momento,
Me viu como meu coração a vê...
Guarda de mim, pela eternidade,
Pequenos fragmentos de saudade:
Estes versos que fiz para você.
