A semana na Oficina-Escola de
Revitalização do Patrimônio Cultural de João Pessoa começou hoje (19), com o
projeto de incentivo a leitura denominado Momento de Leitura. São esquetes
teatrais produzidos pelos alunos da instituição, abordando diversos temas como;
Prós e contras da redução da maioridade penal, redes sociais, água e o consumo
consciente, homofobia e crise política no Brasil.
Esse projeto faz parte de um programa
para fomentar a leitura entre os alunos. “Uma forma de estimular esses jovens a
ler foi preparando temas para que eles produzissem esquetes de teatro, fazendo
com que eles lessem para pesquisar sobre os temas” declarou Rouse Duarte,
coordenadora pedagógica.
Os alunos se apresentaram em 5 grupos,
expondo as temáticas e levando os outros alunos que estavam na plateia para
refletir sobre as questões abordadas. O aluno, Wagner Henrique, que está há um
ano e dois meses na Oficina-Escola, disse que esse momento faz refletir sobre o
papel do cidadão na sociedade. “Ficamos com o tema do desperdício de água e
retratamos o dia a dia de uma família em casa. Só assim vemos o quanto se desperdiça
de água”, destacou Wagner. Ele também falou sobre as transformações que
ocorreram em sua vida, durante esse período na instituição. “Em pouco mais de
um ano, mudei meu comportamento descompromissado. Aqui, na Oficina-Escola,
recebi disciplina e responsabilidade, coisas que levarei para o resto da vida”,
afirmou.
Um dos momentos mais emocionantes foi a
apresentação do grupo com o tema redes sociais. O grupo sugeriu a exploração da
imagem da mulher nas redes sociais e se baseou no caso da jovem do Rio Grande
do Sul que foi encontrada morta depois de ter fotos íntimas compartilhadas por
um ex-namorado. “Quando encontramos esse caso na internet, nós decidimos basear
nossa apresentação na história dela para levar a turma para reflexão”, falou
Joseane Soares, aluna há um ano na instituição. Ela revela que esses trabalhos
da Oficina-Escola ajuda no convívio social. “Aqui eu aprendi a trabalhar e
conviver com as diferenças”, afirma a jovem.
Projeto desenvolvido desde 2006 pela
coordenação pedagógica, ela acredita que a quebra da rotina de aulas promove o
despertar para a sensibilidade. “Queremos que os alunos leiam mais e assim
desperte outros campos da inteligência, além da interação com os outros
colegas”, concluiu Rouse Duarte.
