O
deputado Paulo Pimenta (PT-RS) é o parlamentar que mais de perto acompanha a
operação Zelotes, sendo relator de uma subcomissão especial da Comissão de
Fiscalização e Controle da Câmara com esta finalidade. Para ele, a ação de
busca e apreensão realizada pela Polícia Federal a pedido do Ministério Público
na empresa de Luis Claudio Lula da Silva “não passa de um factoide com a clara
intenção de atingir o ex-presidente Lula às vésperas do seu aniversário de 70
anos”.
Até
aqui, diz ele, todos os pedidos de busca e apreensão e de prisões preventivas
da Zelotes foram negados pela Justiça. “Agora foi autorizada uma ação
espetaculosa, que tem justamente o filho de Lula como alvo”, diz Pimenta,
assegurando: “Não existe qualquer vínculo entre as questões investigadas pela
Operação Zelotes, que apura denúncias de corrupção no Conselho de
Administrativo de Recursos Fiscais – Carf, e a empresa de Luís Cláudio Lula da
Silva”.
O
deputado recorda que as investigações da Operação Zelotes começaram em março
deste ano e envolvem mais de R$ 20 bilhões. “Essa mega-investigação até hoje
vinha ocorrendo em segredo de justiça e em duas oportunidades a Polícia Federal
e o Ministério Público Federal fizeram 26 pedidos de prisão contra grandes sonegadores,
escritórios de advocacia e de consultoria e todas elas foram negadas. E, agora,
estranhamente, às vésperas do aniversário do ex-presidente Lula, sem qualquer
fundamento e em uma ação de caráter espetaculoso, fazem busca no escritório de
seu filho”, criticou Paulo Pimenta.
“A
empresa dele tem como atividade principal organizar o campeonato brasileiro de
futebol americano, torneio que reúne 16 times nacionais. A simples observação
da data de sua constituição é o que basta para afastá-la de qualquer
envolvimento com as suspeitas levantadas. A MP 471, que prorrogou benefícios
fiscais para montadoras, foi editada em 2009 e a LFT foi constituída em 2011,
dois anos depois. A prestação de serviços da LFT para a Marcondes & Maltone
ocorreu entre 2014 e 2015, mais de cinco anos depois da edição da referida
medida provisória”.
O
deputado aponta a predileção da Polícia Federal pelo desencadeamento de ações
espetaculares às vésperas de datas especiais para o PT ou para figuras do
partido como forma de disseminar o ódio contra o PT. “Foi assim no episódio de
detenção do João Vaccari, às vésperas da comemoração dos 30 anos do partido em
Belo Horizonte, e na prisão de Zé Dirceu, às vésperas do Congresso do PT, na
Bahia. Muitos vazamentos de delações premiadas também ocorreram em datas
especiais, como na largada da campanha do ano passado em segundo turno. Isso
não é uma coincidência. A utilização destas datas tem um objetivo claro:
atingir o PT e disseminar o ódio contra o partido”, ele reitera, saindo em
defesa de Lula.
"Nós
temos muita confiança no presidente Lula, sabemos que ele não tem nenhum
envolvimento com qualquer irregularidade. Vamos sempre refutar e denunciar as
tentativas de atingi-lo ou à sua família, com o claro objetivo de destruir seu
legado e alijá-lo da vida política”, diz. Fonte: Brasil 247.
