247 - Com a possibilidade
iminente de ser afastado do comando da Câmara em fevereiro pelo Supremo
Tribunal Federal, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), trabalha com a tese de que não será
necessário convocar imediatamente uma nova eleição para definir seu sucessor no
posto.
Em interpretação amparada pelo corpo técnico da
Mesa Diretora da Câmara, o peemedebista avalia que, no caso de o plenário do
STF decidir pela sua saída, não haveria vacância no cargo, já que ele se
tornaria presidente afastado e poderia ainda recorrer da decisão.
Nesse caso, assumiria o posto até o final de
2016, o vice-presidente Waldir Maranhão (PP-MA), de quem é aliado, mas que
também é investigado na Operação Lava Jato.
A intenção de Cunha é a de que, mesmo afastado do
cargo, ele tenha uma espécie de preposto à frente da Câmara e, assim, continue
com influência sobre o processo legislativo.
A tese da não necessidade de convocação de uma
eleição é também compartilhada pelos partidos de oposição ao governo Dilma. Na
avaliação deles, um novo pleito teria de ser convocado apenas se Cunha
renunciasse ou tivesse o mandato cassado.
Na tentativa de impedir que Maranhão fique à
frente da Casa, partidos da base aliada e siglas independentes se articulam
para pressionar o vice-presidente a renunciar à função caso Cunha seja afastado
do cargo. Eles exigirão que Maranhão convoque, no prazo de cinco sessões
legislativas, uma eleição para a sucessão no comando da Câmara. Fonte:
Brasil 247.