247 – A presidente Dilma
Rousseff defendeu nesta segunda-feira 7, em entrevista coletiva à imprensa, que
não haja recesso parlamentar para que o País não fique "parado até 2 de
fevereiro", e sim acelere o processo de impeachment aberto contra ele pelo
presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), na semana passada. A presidente
afirmou que "só dentro da legalidade democrática, respeitando as regras,
nós unificaremos o País".
"Não deve haver recesso. Não é correto o país
ficar em compasso de espera até dia 2 de fevereiro", declarou a
presidente, após se reunir com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, o
advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, e 30 juristas contrários ao
impeachment. Eles ajudarão a formular a defesa da presidente a ser apresentada
na comissão especial sobre o tema.
Sobre o vice-presidente, Michel Temer, Dilma
afirmou: "Eu prefiro ter a posição que sempre tive em relação a ele. Ele
sempre foi extremamente correto. Não tem por que desconfiar dele um
milímetro". Neste domingo, Temer disse a aliados, segundo a Folha, que
Dilma nunca confiou nele. A presidente negou o fato hoje pela manhã.
Dilma também lembrou aos jornalistas que suas
contas de 2014 e 2015 – motivo para o pedido de afastamento apresentado pelo
jurista Miguel Reale Jr e o ex-petista Hélio Bicudo, e abraçado pela oposição –
ainda não foram julgadas, apesar de ter recebido parecer negativo do Tribunal
de Contas da União (TCU).
"As minhas contas, tanto as de 2014 quanto
as de 2015, ainda não foram julgadas. Elas só serão julgadas quando o Congresso
Nacional externar sobre elas seu julgamento", destacou. "Acredito que
numa situação de crise, como essa política e econômica, seria importante que o
Congresso fosse convocado", acrescentou. Fonte: Brasil 247.