O blogueiro Walter Santos traz à baila dados
especiais que mostram os efeitos da decisão do STF de implodir o voto secreto e
o processo criado por Eduardo Cunha transferindo responsabilidade ao Senado.
Eis o texto:
STF sepulta chances de Golpe
A decisão do Supremo Tribunal Federal nesta
quinta-feira, 17, anulando a Comissão criada pela Oposição na Câmara Federal ao
Governo Dilma, sob articulação do presidente, Eduardo Cunha, para abrir o
processo de Impeachment da presidenta da República, assim como a sentença
consolidada de que trata-se de atribuição do Senado, e não da Câmara, da
condução processual traduzem o sepultamento efetivo das manobras para tirar
Dilma do Poder.
O Supremo fez estrago expressivo ainda ao decidir
que o voto deve ser aberto e não secreto, como procedeu o presidente da Casa.
O fato real é que, as novidades produzidas pelo
STF, um dia depois das ruas dizerem ao País que não abre mão da Democracia e do
Estado de Direito, significam uma “ pá de cal” nas pretensões de Cunha, da
Oposição liderada por Aécio Neves e o vice-presidente Michel Temer.
O SALDO DE TODO BARULHO. O
primeiro deles é de que, mesmo com o recesso, as chances do Governo manter a
maioria no plenário da Câmara e do Senado, como se deu na votação orçamentária
desta quinta-feira incluindo a CPMF, passam a ser mais efetivas. O voto aberto
e o comando de Renan Calheiros passam a ter força distante do ódio e da
vingança construída e posta em prática pelo presidente Eduardo Cunha.
A perspectiva de tempos melhores para o Governo
se traduzem ainda na real possibilidade de que 2016 passe a ter um cenário
econômico de recuperação com medidas a serem aprovadas, como foram ultimamente,
pelo Congresso Nacional.
TEMER, AÉCIO E CUNHA, OS MAIORES
DERROTADOS. No plano político – partidário, o PSDB e DEM são os mais
afetados. No pessoal, quem sai com sérias dificuldades politicas de agora em
diante são o vice-presidente Michel Temer, tanto quanto o presidente da Câmara
e o senador Aécio Neves como líder da Oposição.
Michel Temer começou a sentir o peso de ter
jogado contra já agora, nesta quinta-feira, tendo o retorno do líder do PMDB,
Leonardo Picciani, mesmo com ele jogando duro contra essa hipótese.
Perdeu, mais do que a liderança do partido, a
expressividade no tamanho que tinha antes. A usura o picou fazendo-o menor do
que antes.
NO PLANO ESTADUAL. O governador Ricardo Coutinho sai
fortalecido deste processo por ter liderado pessoalmente o processo contra o
Impeachment.
Perdem expressivamente o senador Cássio Cunha
Lima, os deputados federais Manoel Junior e Wellington Roberto – estes com
problemas à frente que os dias vão dizer.
Perde também o deputado federal Efraim Filho,
outro líder contumaz do governo.
O prefeito Luciano Cartaxo apoiou e apoia as
ações contrárias ao Impeachment, mas não participou dos eventos convocados para
tal.
Em síntese, ganham os movimentos sociais, a
rearticulação dos partidos progressistas e, sobretudo a sociedade brasileira.
ÚLTIMA. “Não, não vai ter Golpe”
Fonte: WSCOM Online.