247 - O ministro da
Justiça, José Eduardo Cardozo, voltou a defender o ex-presidente Lula nesta
sexta-feira 12, ao afirmar que ele se comporta com "absoluta lisura"
e que a oposição promove uma briga política visando incriminá-lo. Ele também
afirmou ter "absoluta convicção" que a campanha da presidente Dilma
Rousseff em 2014 não fez uso de caixa 2.
Lula virou alvo na Operações Lava Jato, que
investiga o sítio em Atibaia (SP) frequentado por ele e sua família, e foi
convocado a depor como investigado pelo Ministério Público de São Paulo, no
caso do apartamento no Guarujá. Nesta quinta-feira, Cardozo fez outra defesa
enfática a Lula. "Acho que setores da oposição, visivelmente, querem isso.
Já há algum tempo em que procuram, a cada passo, atingir o presidente Lula
porque reconhecem nele o grande líder que desafia os projetos políticos da
oposição", disse.
"Como pessoa que conhece o presidente Lula
há muito tempo, eu sempre o tive como um grande líder, eu sempre o tive como
uma pessoa que se comporta com absoluta lisura. Isso como testemunha de vida, e
não de ministro. Eu atribuí sim, não no âmbito da investigação, mas no âmbito
da política, em que há muitos setores da oposição em criar situações que
atinjam a imagem de uma pessoa que foi um presidente indiscutivelmente aplaudido
durante todo o período da sua gestão pelas substantivas melhoras e mudanças que
empreendeu no país", disse o ministro nesta sexta.
"Portanto há sem sombra de dúvida uma luta
política em torno disso, em que setores oposicionistas tentam obviamente
maximizar situações que evidentemente não podem ensejar pré-julgamentos,
condenações", acrescentou Cardozo. O ministro evitou comentar a nota do
presidente nacional do PT, Rui Falcão, em que denunciou o que chamou de
"consórcio entre a oposição reacionária, a mídia monopolizada e setores do
aparelho de Estado capturados pela direita" visando incriminar o
ex-presidente Lula de algum modo.
O ministro ressaltou, mais uma vez, que o governo
da presidente Dilma não interfere em investigações. "O dia em que o
ministro da Justiça fizer algum juízo de valor sobre situação em investigação,
ele descumpre dois preceitos. O primeiro em que não pode interferir dando
opiniões em investigação. Ele deve agir quando há ilegalidade ou abuso. E
segundo, é justamente criar situações do ponto de vista da imagem das pessoas
que eu acho pouco desejável", afirmou.
Sobre a suspeita de que a campanha da reeleição
da presidente Dilma tenha utilizado caixa 2, o ministro foi enfático:
"Tenho absoluta convicção de que na campanha da presidente Dilma não houve
situação nenhuma de pagamentos ilegais. Já há tantos processos, e as contas
foram aprovadas, tudo absolutamente regular. Não vejo constrangimento",
disse. Fonte: Brasil 247.