247 - O presidente da
Câmara, deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ), ingressou com um mandado de
segurança junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) para conseguir ampliação do
prazo para apresentar sua defesa no processo que corre contra ele no Conselho
de Ética da Casa. O peemedebista alega cerceamento do seu direito de defesa,
além de colocar em duvidas o trâmite do processo no colegiado.
Defesa do peemedebista tenta conseguir um prazo
de dez dias após a indicação de um novo relatório e para evitar um aditamento
do processo pedido pela Rede Sustentabilidade e pelo PSOL. O advogado de Cunha,
Marcelo Nobre, informou que o Conselho de Ética não pode aceitar o aditamento
e, caso aceite, deve assegurar um novo prazo para que o peemedebista possa se
defender.
Os dois partidos acrescentaram trechos da delação
premiada do lobista Fernando Soares, o Baiano, no processo contra Cunha. Em sua
delação premiada à Operação Lava Jato, Baiano, que apontado como operador do
PMDB no esquema de corrupção e desvios na Petrobras, disse que frequentava a
casa do parlamentar.O pedido da defesa de Cunha foi distribuído e terá como
relator o ministro do STF Luís Roberto Barroso.
"Isso é escárnio, é uma vergonha, é a
desmoralização da Câmara dos Deputados. É sem-vergonhice política",
disparou o líder do PSOL, Ivan Valente (SP), ao ser informado do pedido da
defesa do peemedebista. Segundo ele, a aceitação do recurso pelo vice-presidente
da Câmara, Valdir Maranhão (PP-MA), comprova que ele é um "lacaio" de
Cunha. Fonte: Brasil 247.