Brasília 247 - O presidente
da Câmara, deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ), foi notificado para se
manifestar sobre o pedido de afastamento do cargo parlamentar e das funções de
Presidente da Casa que havia sido pedido ao Supremo Tribunal Federal pela
Procuradoria Geral da República (PGR). Cunha possui um prazo de 10 dias para
apresentar sua defesa.
De acordo com o procurador-geral da República,
Rodrigo Janot, existem indícios de "crimes de natureza grave" por
parte de Cunha. O relatório lista, por exemplo, o uso do cargo a favor do
parlamentar, tentativa de obstrução de investigações criminais e integração de
organização criminosa.
Cunha também é apontado como suspeito de
apresentar emendas em onze medidas provisórias de interesse do setor bancário e
de empreiteiras, ameaças ao relator do Conselho de Ética que o acusa de
irregularidades e de fazer uso da CPI da Petrobras para constranger e intimidar
testemunhas, além de corrupção.
Segundo Janot, a medida visa garantir a ordem
pública para evitar que novos crimes sejam cometidos e para manter o andamento
das investigações em curso. O procurador-geral disse, ainda, que mais grave que
o afastamento de Cunha seria um pedido de prisão preventiva do peemedebista, o
que teria sido descartado em um primeiro momento.
Cunha ainda não se manifestou sobre a notificação
pelo seu afastamento. Fonte: Brasil 247.