sábado, 13 de fevereiro de 2016

MÉDICO VETERINÁRIO EONCTRA FÓSSEIS EM MURO DE RESIDÊNCIAS EM RECIFE-PE





Em um muro de um prédio no bairro dos Aflitos, como em centenas de muros de outros prédios de Recife e também nas bordas de muitas piscinas, alguns proprietários utilizam alguns tipos de rochas sedimentares para ornamentar estas estruturas. No entanto, essas pedras que tem entre 40 e 120 milhões de anos, pertencem a um período quando ainda existia a Pangeia e nelas existem inúmeros tipos de fósseis. Possivelmente são retiradas do Cariri, no Ceará, e vendidas sem nenhum controle por parte dos órgãos oficiais, o que é proibido por lei específica. 


Não é permitido vender rochas com fósseis encrustados. Só nesse prédio, o Médico Veterinário Alberto Campos, formado pela UFRPE, encontrou aleatoriamente 15 fósseis de peixes e uma asa de inseto.
No Brasil, é ilegal para qualquer pessoa não filiada a uma instituição nacional ou estadual de pesquisa escavar fósseis sem autorização do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM). A lei é de 1942, mas autorizações oficiais raramente são concedidas. A Constituição Brasileira também diz que os fósseis encontrados no país são propriedade do Estado, tornando ilegal sua venda ou exportação sem permissão. 


O tipo penal do art. 2º da Lei nº 8.176/91 qualifica como criminosa a conduta de exploração e comercialização de bens da União, sem autorização ou em desacordo com a obtida, conforme se vê abaixo:

"Art. 2° Constitui crime contra o patrimônio, na modalidade de usurpação, produzir bens ou explorar matéria-prima pertencentes à União, sem autorização legal ou em desacordo com as obrigações impostas pelo título autorizativo.
Pena: detenção, de um a cinco anos e multa".

Imaginemos quantos fósseis já foram e estão sendo destruídos em construções para enfeitar piscinas e muros das pessoas, na satisfação de seus caprichos e destruindo os registros da história, utilizando como simples materiais da construção civil, estes fósseis possivelmente mais antigos que o período Cretáceo, de no mínimo 40 milhões de anos atrás. Fonte: Blog do Magal Melo.