Ao encontrar no
facebook da amiga Maria Júlia Brandão, ex-aluna do internato Nossa Senhora da
Luz, aos bons tempos das freiras aqui em Guarabira, a foto de sala de aula
preparada para receber o alunado no retorno das férias, muito me lembrei do tão
estimado professor Edgardo Júlio, ex-irmão marista que por aqui se estabeleceu
e passou toda a existência se desdobrando no ensino pelos educandários existentes
na cidade.
Um deles, e de
onde chegou a ser também diretor, a Escola Técnica de Comercio Santo Antonio,
lhe exigia muito tempo e dedicação, principalmente no período de término das
férias do alunado, pois se desdobrava com seu Adauto no conserto total das
carteiras e mesa de professor, para que nada estivesse danificado ao início do
ano letivo. E no Colégio Estadual, com seu João, também fazia esse mesmo
trabalho de restauração dos móveis e equipamentos.
E assim,
procedia o professor Edgardo que entendia que o patrimônio público precisa
estar sempre bem arrumado e limpo, e transmitia isso à estudantada, sala a
sala, explicando os gastos tidos pelo educandário para que todos se sentissem
bem no ambiente educador. Ah, e os gastos nesse trabalho de restauração do
espaço físico, também alcançavam-lhe inquestionavelmente o salário, sim. Era um
docente, operário e investidor, tudo ao mesmo tempo, para que a educação se
tornasse mais agradável a quem dela precisava.
Unindo-se aos
seus auxiliares imediatos, transmitia a ideia de que o trabalho era comum de todos
quando realizado em favor de uma sociedade, e será sempre dignificante não
importando se de direção, pintor, auxiliar de serviço ou carpintaria. E assim,
deixou verdadeiras lições que precisam ser reapreciadas pelo universo escolar, como
zelo por tudo aquilo que precisa ser utilizado coletivamente.
Que falta faz
hoje um Professor Edgardo Júlio, administrador exemplar.