247 – O líder da oposição
golpista, senador Aécio Neves (PSDB-MG), já citado por vários delatores da Lava
Jato, como o doleiro Alberto Yousseff e o transportador de valores Carlos
Alexandre Rocha, o Ceará, como responsável por um esquema de propinas em Furnas
e também como o 'mais chato' cobrador de recursos da UTC, aparece em mais uma
suposta delação: a do senador Delcídio Amaral (PT-MS).
Na semana passada, quando trechos atribuídos à
hipotética colaboração judicial de Delcídio vazaram, Aécio mobilizou suas tropas
para decretar o fim do governo da presidente Dilma e tentar acelerar o golpe.
Agora, o presidente nacional do PSDB afirma que a
suposta delação, não reconhecida por Delcídio, só será anexada ao pedido de
impeachment se vier a ser homologada. O trecho sobre o senador tucano diz
respeito a sua atuação numa Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), que
permanece em sigilo. Questionado sobre as supostas declarações de Delcídio,
disse que não iria comentar pela falta de "informação concreta".
Dias atrás, o MP arquivou uma acusação contra
Aécio sem ouvir a principal testemunha.
O advogado de Delcidio, Antonio Figueiredo Basto,
diz que estão sendo divulgados documentos falsos: “Nego o conteúdo e a origem
da delação. Estão divulgando documentos falsos, de origem desconhecida e
manipularora”. Fonte: Brasil 247.
OPINIÃO DO BLOG: O senador Aécio Neves tem frequentado as
páginas da imprensa brasileira e até internacional, há anos, e sempre o assunto
é referente a corrupção, principalmente na questão de Furnas e da UTC.
Entretanto, realmente não se tem visto até este momento essas denúncias serem
apuradas e os seus resultados dados a conhecer à sociedade. Fica tudo no
silêncio e isso parece ser muito estranho mesmo.
Além de
denúncias desse quilate – Furnas e UTC –, também há histórias que o relacionam à má aplicação de recursos públicos na construção
de um aeroporto no seu Estado. Em que ficou isso? A sociedade precisa de
esclarecimentos.
O tempo vai
passando e as denúncias contra o senador sempre surgem e até se acumulam com ampla
divulgação pela grande mídia, e ultimamente se diz que um processo seu foi
arquivado sem nem se ter ouvido testemunha. Por que dois pesos e duas medidas? Por
que uns são investigados e outros não?
É preciso
passar o país a limpo ainda que os envolvidos em escândalos sejam do governo,
da aristocracia, da alta sociedade, das classes políticas pequenas e grandes, etc.
Não há que se escolher momento e nem nomes, não. A continuar se procedendo
assim, sem respostas convincentes e muito claras à sociedade, utilizando-se verdadeira
isenção, corre-se o risco de passar a limpo apenas uma parte do rascunho ou
aquela que interesse a um grupo político e ideológico, o que não interessa à
democracia, à cidadania e à moralidade pública.
