terça-feira, 8 de março de 2016

ALCKMIN QUER PROIBIIR ATO PRÓ-DEMOCRACIA NO DIA 13



SP 247 – O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou nesta terça-feira 8, em entrevista à rádio Jovem Pan, que está tomando as medidas para que não haja duas manifestações contrárias no mesmo local e horário no próximo domingo 13, uma contra o governo da presidente Dilma Rousseff e outra a favor da democracia.


Segundo ele, o ato em defesa do impeachment "já estava agendado há mais de um mês" na Avenida Paulista e outra manifestação a favor do governo, no mesmo local e horário, será proibida, em nome da segurança.

"Todas as medidas estão sendo tomadas. Havia uma solicitação para ter outra manifestação no sentido contrário e nós dissemos que no mesmo local não pode. Esse pleito a favor do impeachment, contra a corrupção, já estava agendado há mais de um mês. (...) É direito constitucional a liberdade de manifestação, de expressão, e é dever do poder público garantir a tranquilidade à manifestação da população", disse.

Desde o cumprimento do mandado de condução coercitiva pela Lava Jato contra o ex-presidente Lula, uma onda de solidariedade se formou contra o golpe e manifestantes pró-PT decidiram ir às ruas no mesmo dia que os oposicionistas. A manifestação "sem medo de ser feliz", que já conta com a presença de intelectuais, está marcada para o dia 13 na Praça Roosevelt, na capital paulista.

Ontem, o senador Aécio Neves (PSDB-MG), que tem convocado a população para os atos de domingo e confirmou presença, disse que se os aliados do governo saírem às ruas no mesmo dia da manifestação dos grupos pró-impeachment não será protesto, mas "provocação". Fonte: Brasil 247.

OPINIÃO DO BLOG: Em verdade, deixando-se a simpatia ou paixão política de lado, sabe-se que duas manifestações de tamanho porte como essas que estão planejadas para irem às ruas de São Paulo no próximo domingo, representam perigo sim à segurança dos que delas participarão e de simples observadores mesmo esses a distância.
        Os ânimos dos simpatizantes da direita e da esquerda estão muito exaltados e a flor da pele, podendo-se ver inclusive quando de pronunciamentos públicos, desrespeitando-se pessoas e instituições. Esquecem-se muitos que cobraram por anos para se passar o país a limpo, doesse a quem doesse. E no momento em que as coisas estão acontecendo e alcançando pessoas simpatizadas, ocorrem mudanças comportamentais nos simpatizantes, inclusive naqueles mais pacatos e sensatos.
         A coisa não está pra brincadeira, todos querem estar certos e nos pronunciamentos ou entrevistas saem até da sensatez e perdem o foco do objeto da análise. Mais do que nunca é recomendável a prudência, sobretudo aos que têm capacidade de liderança, para não expor a sacrifícios os seus liderados, geralmente os que mais sofrem por estar nas classes sociais mais sofridas.
       O excesso de zelo e de cuidado não fazem mal a ninguém, principalmente num instante como este em que muitos brasileiros de qualquer tendência ideológica estão ai vivos pra lembrar dos dolorosos tempos de 1964, em que de repente as tropas militares estavam nas ruas para garantia da democracia e se viu no que deu por longos anos. Resultado: poderosos anos depois continuaram poderosos, ou mais, e os pobres cada vez mais pobres, pois a esses não é dada a capacidade de fazer acordos quando os "inimigos" se juntam em nome da paz e da democracia..
         Não sou simpatizante de Alckmin e jamais votaria nele ou na atual tropa da direita, mas prudência neste momento é que se necessita ter. 
         A História dirá depois quem tem razão.