sexta-feira, 25 de março de 2016

ARCEBISPO DE SÃO PAULO É COVARDEMENTE AGREDIDO POR MULHER APÓS CELEBRAR MISSA



Por Laura Capriglione e Mauro Lopes, Jornalistas Livres.


O cardeal de São Paulo, dom Odilo Pedro Scherer, foi atacado na manhã de hoje (24) na Catedral da Sé por uma mulher que acusou-o e à CNBB de serem comunistas infiltrados na Igreja Católica.

Aos gritos, ela dizia: “Você e a CNBB são comunistas infiltrados; não podem fazer isso com a minha Igreja”. Ela avançou sobre o cardeal e arrancou sua mitra, derrubando-o ao chão e ferindo-o no rosto.

Dom Odilo levantou-se com ajuda das pessoas em volta e seguiu caminhando e abençoando as pessoas na catedral lotada.

Tudo aconteceu durante a missa dos Santos Óleos, que abre as celebrações do Tríduo Pascal.

A Igreja tratou o assunto com discrição. Dom Odilo não falou do assunto publicamente. Segundo a cúpula da Igreja em São Paulo, a mulher não identificada apresentava evidentes sinais de desequilíbrio, mas os padres ouvidos por Jornalistas Livres estavam preocupados com a agressão no contexto da crise política nacional.

O padre Luiz Eduardo Baronto, cura da Sé, afirmou não entender a origem da agressão: “Não sei se ela agiu por orientação de alguma organização ou por conta própria.”

Atacar um representante da Igreja paramentado é considerado pecado mortal pela Igreja Católica.

Nesta semana, a CNBB afirmou que não aceitaria o oportunismo de partidos e políticos para dar um golpe no Brasil. Fonte: Pragmatismo Político.

OPINIÃO DO BLOG: No Brasil estamos vivendo momentos assim, nos últimos meses, de muita incerteza e intranquilidade, porque de momento alguém ou um grupo se destaca querendo agredir or palavras e até fisicamente a quem julga ser simpatizante de algum político ou do PT, principalmente. Chega-se a temer usar em público uma camisa de cor vermelha porque certamente contra quem a usa serão proferidas palavras ofensivas, se não lhe atingirem com agressões físicas, conforme tem se visto por est. País afora.
Agora, no interior de uma igreja se chegar a ofender fisicamente um representante de Deus em plena celebração, é demais. Aos religiosos sejam de qualquer religião, cabe o direito pleno de expressar as suas opiniões, que se traduzem em favor da paz e da sensatez. 
Até onde vamos suportar essas reações? E as autoridades constituídas vão fica apenas e tão somente na apreciação de acontecimentos desse tipo sem que venham a interferir em nome da democracia preservando o exercício do direito à palavra e pensamento ideológico? Por que permitem o favorecimento claro daqueles que burlam as leis para manifestar-se odiosamente contra um estado de direito garantido pela Constituição, ainda vigente? Querem rasgá-la, é o que parece.