247 - A Polícia Federal (PF)
cumpre nesta segunda-feira (21) a 25ª fase da Operação Lava Jato em Lisboa, em
Portugal.
Foram cumpridos mandados de busca e apreensão e de
prisão preventiva contra Raul Schmidt Felipe Junior, investigado pelo pagamento
de propinas aos ex-diretores da estatal petrolífera Renato de Souza Duque,
Nestor Cerveró e Jorge Luiz Zelada, presos em Curitiba pela Lava Jato, segundo
reportagem do G1.
Segundo o Ministério Público Federal (MPF), Raul
Schmidt vivia em Londres, onde mantinha uma galeria de arte, e se mudou para Portugal
após o início da operação. Ele estava foragido desde julho de 2015, quando
foi expedida a ordem de prisão.
Zelada foi indicado pela bancada do PMDB na
Câmara dos Deputados para o cargo. Ele é considerado um afilhado de Eduardo
Cunha (PMDB-RJ), o presidente da Câmara, que conduz o processo de impeachment.
Em sua delação, o senador Delcídio Amaral também disse que o vice-presidente
Michel Temer estava muito preocupado com Zelada, o que o vice nega.
SCHMIDT. Ex-funcionário da
Petrobras, Raul Schmidt fez carreira na área internacional da estatal, segundo
reportagem de Graciliano Rocha. Entre 1994 e 1997, foi gerente da Braspetro em
Angola, antes de ir para a iniciativa privada. Desde 2007, atua na
intermediação de negócios de fornecedores da Petrobras. Ele vive em Londres,
mas tem imóveis e empresas no Rio, em Genebra e Paris.
De acordo com o Ministério Público de Mônaco, um
executivo do banco Julius Baer informou que Zelada e Schmidt são “amigos de
longa data” e foram proprietários de um apartamento entre 2012 e 2013.
O ex-diretor teria comprado a parte do consultor
no imóvel. No mesmo período, extratos mostram que Zelada transferiu € 809 mil
(R$ 2,8 milhões) para Schmidt. Fonte: Brasil 247.