Foi por muito pouco, mas o
Conselho de Ética da Câmara dos Deputados aprovou na madrugada desta
quarta-feira (2), o relatório preliminar que pede a continuidade do processo
disciplinar com pedido de cassação do presidente da Casa, Eduardo Cunha
(PMDB-RJ). Com isso, o peemedebista vai ser investigado por quebra de decoro
por ter ocultado contas bancárias no exterior.
10 deputados votaram a favor de
Cunha e tentaram protegê-lo, enquanto 11 se posicionaram contra o presidente da
Câmara (veja abaixo como votaram os deputados).
Horas após a derrota no Conselho
de Ética, a “tropa de choque” do presidente de Cunha amenizou as consequências
da votação que assegurou o andamento do processo por quebra de decoro
parlamentar.
Na avaliação dos aliados do
peemedebista, a mudança no parecer de admissibilidade reduz o risco da ação
disciplinar culminar com a aprovação da cassação do mandato e, por isso, a
tendência é não haver recursos para anular a votação.
Para aprovar a continuidade do
processo, o relator Marcos Rogério (PDT-RO) teve de aceitar mudanças em seu
parecer prévio.
A pedido do deputado Paulo Azi
(DEM-BA), que poderia mudar sua posição e votar a favor de Cunha, Rogério
aceitou retirar o trecho de relatório que citava a possibilidade de perda de
mandato por recebimento de vantagens indevidas e manteve apenas o trecho que
mencionava a omissão de informações relevantes aos parlamentares da CPI da
Petrobras quando o peemedebista negou que tivesse contas no exterior.
Assim que terminou a votação, o
relator disse que a mudança no parecer não enfraquece a ação, uma vez que o
trecho retirado poderá voltar ao relatório final se forem anexadas novas provas
contra o peemedebista no decorrer do processo.
Apesar do grupo de Cunha afirmar
publicamente que não haverá recursos, já existe um protocolado desde dezembro
pela defesa do peemedebista aguardando nomeação de relator na Comissão de
Constituição e Justiça (CCJ) da Casa.
Confira abaixo como votaram os
deputados (clique nos nomes para informações adicionais).
A favor de Cunha (tentaram protegê-lo):
Cacá Leão (PP-BA)
Erivelton Santana (PSC-BA)
João Carlos Bacelar (PR-BA)
Maurício Quintella (PR-AL)
Mauro Lopes (PMDB-MG)
Ricardo Barros (PP-PR)
Sérgio Moraes (PTB-RS)
Washington Reis (PMDB-RJ)
Wellington Roberto (PR-PB)
Vladimir Costa (SD-PA)
Erivelton Santana (PSC-BA)
João Carlos Bacelar (PR-BA)
Maurício Quintella (PR-AL)
Mauro Lopes (PMDB-MG)
Ricardo Barros (PP-PR)
Sérgio Moraes (PTB-RS)
Washington Reis (PMDB-RJ)
Wellington Roberto (PR-PB)
Vladimir Costa (SD-PA)
Contra Cunha (pelo andamento do processo):
Betinho
Gomes (PSDB-PE)
Fausto Pinato (PRB-SP)
José Carlos Araújo (PSD-BA)
Júlio Delgado (PSB-MG)
Leo de Brito (PT-AC)
Marcos Rogério (PDT-RO)
Nelson Marchezan Junior (PSDB-RS)
Paulo Azi (DEM-BA)
Sandro Alex (PPS-PR)
Valmir Prascidelli (PT-SP)
Zé Geraldo (PT-PA)
Fausto Pinato (PRB-SP)
José Carlos Araújo (PSD-BA)
Júlio Delgado (PSB-MG)
Leo de Brito (PT-AC)
Marcos Rogério (PDT-RO)
Nelson Marchezan Junior (PSDB-RS)
Paulo Azi (DEM-BA)
Sandro Alex (PPS-PR)
Valmir Prascidelli (PT-SP)
Zé Geraldo (PT-PA)
Fonte:
Pragmatismo Político.