quinta-feira, 19 de maio de 2016

JANOT SOBRE CUNHA VOLTAR A FREQUENTAR A CÂMARA: “PROBLEMA DELE”


Ivan Richard - Repórter da Agência Brasil

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ironizou hoje (19) a declaração do presidente afastado da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de que voltará a frequentar a Casa a partir da próxima semana. Ao deixar o Supremo Tribunal Federal (STF), Janot foi perguntado sobre as declarações do peemedebista e limitou-se a dizer: “isso é um problema dele”.

Afastado do mandato, consequentemente do cargo de presidente da Câmara há duas semanas, por decisão unânime do Supremo Tribunal Federal, Cunha voltou hoje à Casa para prestar depoimento ao Conselho de Ética no processo que pode resultar na cassação do seu mandato.

Após falar ao conselho, Cunha disse que voltará à Casa a partir de segunda-feira (23). “Estou suspenso do exercício do mandato e não de frequentar a Câmara. Vou frequentar meu gabinete pessoal e estarei aqui presente, não mais hoje, mas a partir de segunda-feira”, afirmou o deputado.

Segundo Eduardo Cunha, quem quiser falar com ele a partir da próxima semana poderá passar no gabinete 510, no anexo 4 da Câmara.

O procurador-geral da República não respondeu se a eventual volta de Cunha à Câmara representa um desrespeito à decisão do STF. Fonte: Brasil 247.

OPINIÃO DO BLOG: Uma coisa que não ficou muito clara para grande parte dos brasileiros quando da decisão do Supremo Tribunal Federal ao afastar o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) do mandato e consequentemente da presidência da Câmara Baixa, foi o fato dele continuar gozando de prerrogativas inerentes à presidência e ao mandato.
Enquanto isso a Câmara continua numa indiscutível ineficiência  de atividades, pois no lugar de Eduardo Cunha está  o deputado Maranhão, incapaz de exercer a  presidência e fazer com que sejam votados projetos importantes para o Brasil.

Agora, Eduardo Cunha ameaça retornar ao legislativo de onde foi afastado, na próxima segunda-feira, 23, quando ocupará o seu gabinete e onde atenderá a quem precisar dele e com ele quiser conversar. É ou não um desafio ao STF?