Pernambuco
247 - A
Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira (20) a Operação Turbulência.
Objetivo da ação policial é desarticular um grupo especializado em lavagem de
dinheiro que teria movimentado mais de R$ 600 milhões desde 2010. Operação foi
iniciada após agentes federais encontrarem movimentações financeiras suspeitas
nas empresas envolvidas na compra do avião Cessna Citation PR-AFA, que caiu
durante a campanha presidencial de 2014 matando o ex-governador de Pernambuco e
candidato à Presidência da República Eduardo Campos (PSB), além da tripulação e
assessores. A campanha de Maria Silva também teria utilizado a aeronave.
Segundo
a PF, muitas das empresas envolvidas eram de fachada, operadas por laranjas, e
que realizavam transações financeiras entre si, além de operarem conjuntamente
com outras empresas fantasmas, incluindo algumas investigadas pela Operação
Lava Jato. Os agentes suspeitam, ainda, que as contas das empresas sob suspeita
eram utilizadas para o pagamento de propinas a políticos e a formação de caixa
dois por empreiteiras.
A
operação envolve a participação de 200 policiais federais que visam cumprir 60
mandados judiciais, 33 deles de busca e apreensão, 22 de condução coercitiva e
cinco de prisão preventiva. Os mandados estão sendo cumpridos nos municípios
de Jaboatão dos Guararapes, Moreno, Paulista, Vitória de Santo Antão
e Lagoa de Itaenga. No Recife, os policiais fazem buscas nos bairros de Boa
Viagem, Cordeiro, Espinheiro, Alto Santa Terezinha, Ibura e Pina, além do
Aeroporto Internacional dos Guararapes.
Segundo
a Globo News, quatro dos mandados de prisão são contra os empresários Apolo
Santana Vieira e João Lyra de Mello Filho, apontados como donos do avião,
e Eduardo Bezerra Leite e Arthur Lapa Rosal, que também teriam
financiado parte da compra da aeronave. Fonte: Brasil 247.
Opinião do Blog: Muitas vezes a minha indignação aflora ao escutar determinadas figuras que se dizem instruídas e até intelectuais, argumentando que a nada se chegará com a Lava Jato e outras operações desencadeadas no país nos últimos dois anos, procurando desvendar os escândalos financeiros que estão sendo promovidos diariamente em tantos órgãos públicos e empreiteiras pelo país afora, com indícios muito fortes e significativos de que chegam a outros países.
Não querer ver e saber que figurões da política e da sociedade brasileira - aqueles que se sabem envolvidos em falcatruas, embora mais ninguém sabia - não dormem mais tranquilamente o sono dos justos enquanto tantos outros estão ai sendo presos e outros mais conduzidos coercitivamente para depor, é querer ser muito apaixonado por um passado de impunidades que imperou no Brasil anterior à Lava Jato e outras operações, ou no mínimo continuar fazendo parte daqueles que mesmo vendo a verdade, fazem questão de obscurecê-la, de negá-la. Para esses, nada tem jeito, nada se consertará.