BRASÍLIA (Reuters) - O ex-ministro José Eduardo Cardozo,
que representa a presidente afastada Dilma Rousseff, afirmou nesta
quinta-feira, 30, que o processo de impeachment no Senado provou que não houve
dolo por parte dela nas irregularidades apontadas pela acusação e repetiu que
irá "oportunamente" ao Supremo Tribunal Federal.
De
acordo com Cardozo, a perícia feita por técnicos e os depoimentos de diferentes
técnicos do governo, mostrando que a presidente não foi avisada de que poderia
haver incompatibilidade da edição de decretos de gastos suplementares com a
meta fiscal, provam que não houve crime. "Eu queria provar e nós
provamos", disse a jornalistas.
Cardozo
afirma ainda que não vai neste momento ao STF porque quer a absolvição da
presidente no Senado.
"Podemos
ir ao Supremo no momento certo. Eu quero a absolvição da presidente no Senado.
Eu não quero no meu país a pecha de que a Justiça vai corrigir os erros do
Senado", afirmou.
Cardozo
informou ainda que não há definição se Dilma irá pessoalmente ou enviará um
representante à seu depoimento da comissão de impeachment do Senado, marcado
para o dia 6 de julho. "Fiquei de conversar com a presidente depois da
apresentação da perícia", disse.
Sobre
a possibilidade de convencer senadores da tese de inocência da presidente,
disse acreditar que a grande maioria dos senadores "tem a razoabilidade
como parâmetro".
"Se
alguns estão contaminados pela ação política e querem o golpe, acho que nem
todos o querem", afirmou.
(Por
Lisandra Paraguassu) – Fonte: Brasil 247.