Vladimir Platonow - Repórter da Agência Brasil
O
governador em exercício do Rio, Francisco Dornelles, anunciou que a decretação
do estado de calamidade pública abrirá espaço para a tomada de medidas muito
duras nos próximos dias para enfrentar a crise econômica no estado. Dornelles
falou com a imprensa no início da noite desta sexta-feira (17), no Palácio
Guanabara, mas não quis detalhar quais medidas serão tomadas a partir da
próxima semana.
“O
decreto de calamidade pública tem objetivo de chamar a atenção de toda a
sociedade do Rio para os problemas que vive o estado, abrindo caminho para que
a gente possa tomar medidas muito duras no campo da administração. Isso, no
momento oportuno, nós vamos equacionar”, disse o governador.
Dornelles
explicou porque houve a decretação do estado de calamidade pública. “Eu quero
que todas as pessoas do Rio de Janeiro compreendam que o estado vive uma grande
crise financeira. Houve um problema na área de petróleo, houve um problema de
recessão econômica, com nossa siderurgia, com o nosso setor automobilístico,
perdemos uma grande arrecadação de ICMS [Imposto sobre Circulação de
Mercadorias e Prestação de Serviços], perdemos uma grande quantidade de
royalties do petróleo e essa medida de calamidade pública tem objetivo de
chamar a atenção de cada cidadão para as dificuldades financeiras que vive o
estado.”
O
governador disse que os salários dos professores estão garantidos, porque
recebem pelo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de
Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), mas não quis comentar sobre
os salários dos demais servidores, que atualmente recebem parcelado e com
atraso. “Hoje, cada coisa no seu momento e na sua hora”.
Dornelles
disse que o estado não deixará de pagar suas dívidas e que espera ajuda do
governo federal. “Não se pretende dar calote. Eu espero do governo federal uma
grande compreensão, principalmente um trabalho conjunto na área da segurança,
da saúde e da mobilidade, que são pontos extremamente importantes para o Rio de
Janeiro.” Fonte: Brasil 247.