Um problema que pode custar uma
vida. Dos 223 municípios paraibanos, apenas 13 possuem médicos anestesistas
residindo nas cidades, alerta o médico e deputado estadual José Aldemir
(PP).
Segundo o parlamentar, o dado
revela um cenário preocupante. “A ausência desses profissionais no interior do
Estado e a consequente precariedade nos serviços oferecidos pelos centros de
saúde acabam por prejudicar os paraibanos, que podem acabar pagando com a
própria vida”, disse.
Ainda segundo o deputado, um
exemplo simples de como este problema tem implicações na prática é a
concentração de cirurgias nas principais cidades do Estado, gerando longas
filas de espera e até mesmo a realização de cesarianas em municípios distantes
de onde a gestante reside.
Recentemente, a dona de casa
Mariana da Silva Santos precisou se deslocar de Puxinanã para Campina Grande
para poder realizar a cesariana de seu filho. “Tive que ir para Campina porque
na minha cidade não tem anestesista. O deslocamento foi muito ruim porque
estava com dores e com medo de ter algum problema com o meu bebê. Se tivesse um
médico na cidade, todo esse transtorno poderia ser evitado”, desabafa.
O deputado garantiu que levará o
tema ao plenário da Assembleia Legislativa e cobrará com urgência as medidas
necessárias para a solução do problema. Da Assessoria de Imprensa do Deputado.
Opinião do Blog: Reconheça-se a boa vontade e interesse do deputado José Aldemir em denunciar esse fato, porém há que se entender também que nenhum profissional liberal tem a obrigação de residir fora do município ou cidade da sua vontade, do seu querer.
Por aqui em Guarabira e região, não são poucos os pacientes que sofrem à falta de médicos, e justamente porque não querem prestar serviços em cidades diferentes de Campina Grande e João Pessoa, maiores centros do Estado.
Infelizmente vive-se essa situação atualmente pelo menos na Paraíba. Prefeitos e mais prefeitos têm dificuldade para contratar médicos que preferem estar trabalhando em ciades maiores onde os recursos humanos e materiais podem ou são realmente ser melhores.
Um outro caso marcante e muito pouco divulgado é aquele que envolve o médico que pede ao colega de plantão para substituí-lo porque precisa se ausentar naquela data. E nesse caso, esquece-se que já adquiriu credibilidade perante a clientela e essa dificilmente se achará bem em sendo atendida por outro nome, ainda que de reconhecida competência.
Essa situação levantada pelo deputado José Aldemir, além de atual é extensiva a uma enorme quantidade municípios paraibanos, sim. É uma preocupação valorosa.