247
- Em depoimento
à PF, o executivo Vinicius Veiga Borin, um dos apontados como operadores de
offshores do chamado “departamento de propina” da Odebrecht, disse que a
empresa controlou 42 contas fora do país sendo que a maioria foi criada após a
aquisição da filial de um banco, o Meinl Bank Antigua, no fim de 2010.
Ele
cita transferências “suspeitas” que somam ao menos US$ 132 milhões, segundo
reportagem do Estado, afirma que o marqueteiro João Santana recebeu US$
16,6 milhões pela offshore Shellbill Finance.
A
delação que está sendo negociada pela empreiteira de Marcelo Odebrecht com os
procuradores envolve os nomes de 175 deputados federais e senadores. Conforme o
247 já havia noticiado, também devem ser envolvidos o presidente interino
Michel Temer e 13 governadores. Fonte: Brasil 247.
Opinião
do Blog: Diante dessa denúncia tão atual, de
que a empreiteira Odebrecht comprou banco para poder continuar pagando propinas
aos nossos políticos corruptos, a gente tem que se perguntar como é que o
ministro da Casa Civil Eliseu Padilha, do governo provisório Michel Temer, teve
a coragem de numa palestra durante almoço com dezenas de empresários na cidade
de São Paulo, na última quinta-feira, 16, dá a entender que a Lava Jato deveria
saber o momento de parar as suas atividades, comparando essa operação com a
Operação Mãos Limpas que aconteceu na Itália?
Na sua palestra, o
ministro-chefe da Casa Civil Eliseu Padilha disse textualmente, conforme
reprodução de vários meios de comunicação importantes do país: “Tenho certeza que os principais
agentes da Lava Jato terão a sensibilidade para saber o momento em que eles
deverão aprofundar ao extremo, e também de eles caminharem rumo a uma definição
final. Isso tem que ser sinalizado, porque nós vimos na Itália, onde não houve
essa sinalização e depois do grande benefício que veio, tiveram efeitos
deletérios que nós não podemos correr o risco aqui".
É claro que chegará o
momento em que a Operação Lava Jato, encerrará as suas atividades, porém sem
sofrer a menor influência de qualquer um outro poder brasileiro ou da ação de
alguém. O país precisa ser passado a limpo de verdade, além de conhecer todos
os nomes daqueles que praticaram falcatruas e desviaram dinheiro público,
mesmo.
Esta é a grande
oportunidade que o Brasil tem de se modernizar e não procurar esconder os nomes
dos corruptos e corruptores, chaga pustulenta que tanto tem apodrecido e
carcomido as nossas estruturas morais. Ah, e que não se deixe de cobrar com
juros e correção monetária, o reembolso desses valores aos cofres brasileiros,
doa a quem doer, seu Padilha.