segunda-feira, 20 de junho de 2016

ODEBRECHT COMPROU BANCO PARA PAGAR PROPINAS




247 - Em depoimento à PF, o executivo Vinicius Veiga Borin, um dos apontados como operadores de offshores do chamado “departamento de propina” da Odebrecht, disse que a empresa controlou 42 contas fora do país sendo que a maioria foi criada após a aquisição da filial de um banco, o Meinl Bank Antigua, no fim de 2010.

Ele cita transferências “suspeitas” que somam ao menos US$ 132 milhões, segundo reportagem do Estado,  afirma que o marqueteiro João Santana recebeu US$ 16,6 milhões pela offshore Shellbill Finance.

A delação que está sendo negociada pela empreiteira de Marcelo Odebrecht com os procuradores envolve os nomes de 175 deputados federais e senadores. Conforme o 247 já havia noticiado, também devem ser envolvidos o presidente interino Michel Temer e 13 governadores. Fonte: Brasil 247.

Opinião do Blog: Diante dessa denúncia tão atual, de que a empreiteira Odebrecht comprou banco para poder continuar pagando propinas aos nossos políticos corruptos, a gente tem que se perguntar como é que o ministro da Casa Civil Eliseu Padilha, do governo provisório Michel Temer, teve a coragem de numa palestra durante almoço com dezenas de empresários na cidade de São Paulo, na última quinta-feira, 16, dá a entender que a Lava Jato deveria saber o momento de parar as suas atividades, comparando essa operação com a Operação Mãos Limpas que aconteceu na Itália?
Na sua palestra, o ministro-chefe da Casa Civil Eliseu Padilha disse textualmente, conforme reprodução de vários meios de comunicação importantes do país: “Tenho certeza que os principais agentes da Lava Jato terão a sensibilidade para saber o momento em que eles deverão aprofundar ao extremo, e também de eles caminharem rumo a uma definição final. Isso tem que ser sinalizado, porque nós vimos na Itália, onde não houve essa sinalização e depois do grande benefício que veio, tiveram efeitos deletérios que nós não podemos correr o risco aqui".
É claro que chegará o momento em que a Operação Lava Jato, encerrará as suas atividades, porém sem sofrer a menor influência de qualquer um outro poder brasileiro ou da ação de alguém. O país precisa ser passado a limpo de verdade, além de conhecer todos os nomes daqueles que praticaram falcatruas e desviaram dinheiro público, mesmo.
Esta é a grande oportunidade que o Brasil tem de se modernizar e não procurar esconder os nomes dos corruptos e corruptores, chaga pustulenta que tanto tem apodrecido e carcomido as nossas estruturas morais. Ah, e que não se deixe de cobrar com juros e correção monetária, o reembolso desses valores aos cofres brasileiros, doa a quem doer, seu Padilha.