247 – Até antes do impeachment da
presidente Dilma Rousseff, a Petrobras era vendida para a opinião pública como
uma empresa praticamente quebrada – a mais endividada do mundo.
Esse discurso, no entanto, atendia a
uma finalidade política: vender a tese de que os governos do PT haviam
arruinado a maior empresa brasileira, com o chamado "petrolão".
Aos poucos, porém, o noticiário sobre
a companhia começa a mudar. Os jornais informam que a empresa fechou o
segundo trimestre com alta de 7,7%, ante os três primeiros meses do ano. Com o
resultado, a petroleira caminha "em direção à meta" de atingir 2,145
milhões de barris ao dia em 2016, segundo destacou a diretora de exploração e
produção da empresa, Solange Guedes.
O motivo para o crescimento é simples.
O que antes era dívida cada vez mais se converte em aumento de produção. Os
investimentos, sobretudo no pré-sal, de onde a empresa extrai mais de 50% de
sua produção, começaram a amadurecer.
Com isso, as ações da companhia, que
já dobraram de preço desde o momento mais agudo da crise política, podem subir
ainda mais. Os ganhos acumulados das ações ordinárias da companhia foram
de 116,75% desde a mínima do ano, atingida no dia 11 de fevereiro. Somente
desde o começo de junho, a alta é de 25,83%.
Leia,
abaixo, informativo da Petrobras sobre sua produção em junho:
Batemos recorde mensal de produção em
junho
Nossa produção total de petróleo e gás
natural, em junho, foi de 2,90 milhões de barris de óleo equivalente por dia
(boed), o que representa um recorde mensal. Superamos a marca alcançada em
agosto de 2015, de 2,88 milhões boed. Este valor de junho foi 2% acima do volume
produzido em maio (2,83 milhões boed), dos quais 2,70 milhões boed foram
produzidos no Brasil e 200 mil boed no exterior.
Nossa produção total de petróleo e gás
natural no Brasil (2,70 milhões boed) também representa um recorde mensal.
Ultrapassamos a marca
anterior de 2,69 milhões boed de agosto de 2015.
A produção média apenas de petróleo,
em junho, foi de 2,3 milhões de barris por dia (bpd), 2% acima do volume
produzido no mês anterior, que foi de 2,24 milhões bpd. Desse total, 2,2
milhões bpd foram produzidos no Brasil e 100 mil bpd no exterior.
O volume de petróleo produzido em
junho no Brasil é a terceira maior média mensal que já
registramos. Esse crescimento deve-se, principalmente, à entrada de novos
poços conectados aos FPSOs Cidade
de Maricá e Cidade de Itaguaí, no campo
de Lula, nas áreas de Lula Alto e Iracema, respectivamente.
Produção no pré-sal aumenta 8% em
relação a maio e atinge novos recordes. A produção de petróleo e gás natural que operamos na camada
pré-sal, em junho, cresceu 8% em relação ao mês anterior e bateu novo
recorde mensal, ao alcançar o volume de 1,24 milhão boed.
Também foi recorde a produção de
petróleo, em junho, que operamos junto com parceiros nessa província. Foi
atingida a média de 999 mil bpd, com aumento de 8% em relação ao mês
anterior. Outro recorde alcançado foi o diário, no último dia 30 de
junho, com a produção de 1,087 milhão de barris.
Produção de gás natural. A nossa produção de gás natural no
país, excluído o volume liquefeito, foi de 78,8 milhões m³/dia, 3% acima do mês
anterior (76,4 milhões m³/dia).
No exterior, nossa produção média de
gás natural foi de 17,2 milhões m³/d, 4% abaixo dos 17,9 milhões m³/d
alcançados no mês anterior. Fonte: Brasil 247.
OPINIÃO
DO BLOG: Isso é muito bom em sendo verdade, – a
notícia da recuperação da Petrobras – pois se trata de um patrimônio brasileiro
conquistado com muito esforço de todos e ao longo de tantos anos. Entretanto, mesmo
que em franca recuperação conforme reportagem do Brasil 247, não se pode negar
que a empresa, orgulho brasileiro até bem pouco tempo, não foi saqueada aberta
e impiedosamente por tantos marginais engravatados, representantes políticos e
diretores administrativos, esses saídos ou surgidos – e não por acaso – da vontade
de alguns figurões da alta elite nacional. Os escolhidos administradores foram cartas
marcadas num jogo altamente ilegal e viciado. E deu no que deu!
Continuemos lutando pela recuperação da empresa, mas que
sejam cobradas as altas somas levadas pelos marginais, com juros e correção monetária.
E a eles, hoje criminosos confessos, a aplicação da lei e se possível com
ausência das exceções que ele tenha.
O
gesto deles, dilapidadores do patrimônio público, que nunca seja imitado, mas
sempre condenado e lembrado para que se tenha mais cuidado.