247 - A Executiva Nacional da
Central Única dos Trabalhadores (CUT), cujos dirigentes se reuniram nesta
terça-feira 5, divulgou um posicionamento em que esclarece não ser favorável à
convocação de um plebiscito sobre novas eleições, o que reduziria o mandato
constitucional da presidente Dilma Rousseff. Leia abaixo a íntegra:
A resposta da CUT sobre o
plebiscito para novas eleições
A CUT, juntamente com os
movimentos sociais parceiros, está na luta contra o golpe, em respeito ao
resultado democrático das urnas e ao mandato da presidenta Dilma Rousseff.
Os conservadores, reacionários e
entreguistas, por não conseguir ganhar as eleições no voto, partiram para o
golpe de Estado. Começaram na Câmara e agora o golpe do impeachment depende de
votação no Senado. Os golpistas estão executando o projeto neoliberal derrotado
nas urnas.
A CUT não abre mão do direito de
continuar afirmando que o presidente interino é ilegítimo, que essa composição
do Congresso Nacional é espúria. O maior problema político nacional é o próprio
sistema político (o que inclui, além do Legislativo, um Judiciário sem qualquer
controle democrático), que a CUT defende que seja reformado profundamente
através de uma Constituinte exclusiva e soberana.
Reconhecemos que o Brasil vive um
impasse e quem mais sofre com esse impasse é a classe trabalhadora. Por isso, a
CUT se empenha neste momento em reunir as condições para uma greve geral em
defesa de nossos direitos e conquistas, dos salários e empregos.
É hora de impedir os abusos
contra os/as trabalhadores/as e contra a maioria oprimida da nação. A CUT
conclama todos os movimentos sociais e todos setores democráticos do Brasil
para participar das mobilizações, manifestações, debates, greves e ocupações
que se desenvolvem neste momento.
Alguns senadores estão propondo a
convocação de um plebiscito para antecipar as eleições presidenciais, com a
recondução da presidenta Dilma Rousseff ao exercício pleno de seu mandato, como
forma de conseguir mais votos contra o impeachment; aceitando assim a
possibilidade de redução de seu mandato constitucional (2014-2018).
A CUT esclarece que esta não é a
posição da central. Ao mesmo tempo, a CUT considera que as iniciativas dos
senadores ou da própria presidenta Dilma fazem parte de suas prerrogativas, que
respeitamos se isto contribuir para a saída democrática na luta contra o golpe.
- Em defesa dos direitos sociais
e trabalhistas
- Em defesa dos salários e
empregos
- Contra o aumento da idade
mínima para aposentadoria e as mesmas regras para homens e mulheres
- Por uma Constituinte para fazer
a Reforma Política
- Em defesa da democracia!
São Paulo, 05 de julho de 2016
Executiva Nacional da CUT
Fonte: Brasil 247.