247 – O Palácio do Planalto está em alerta
máximo nesta sexta-feira, desde a prisão do empresário Lúcio Funaro, braço
direito do presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
O
interino Michel Temer já sabe que, se Funaro vier mesmo a fazer uma delação
premiada, ele terá que demitir novos ministros, além dos já derrubados Romero
Jucá, Fabiano Silveira e Henrique Eduardo Alves.
O
primeiro alvo seria Geddel Vieira Lima, que cuida das relações do Palácio do
Planalto com o Congresso. Isso porque Geddel é, assim como Cunha, um dos
políticos mais próximos a Funaro.
A
preocupação, no entanto, não se restringe a ministros do PMDB. Funaro conhece
todos os segredos do PMDB – o que envolve, obviamente, o próprio Temer.
Não
por acaso, Funaro tinha como advogado Antônio Cláudio Mariz, amigo pessoal de
Cunha, que chegou a ser cogitado para o Ministério da Justiça. No entanto, dias
atrás, Funaro trocou Mariz por Antônio Figueiredo Basto, especialista em
delações premiadas.
De
acordo com a delação premiada de Fábio Cleto, ex-vice-presidente da Caixa
Econômica, o esquema capitaneado por Cunha gerou propinas de pelo menos R$ 15,9
milhões pagas por empresas favorecidas com repasses do FI-FGTS, um fundo
formado por recursos dos trabalhadores. Fonte: Brasil 247.