A Polícia Federal
(PF) anunciou, na manhã desta sexta-feira (22), que os dez presos na Operação
Hashtag, suspeitos de preparar atos terroristas, foram transferidos nesta
madrugada para a Penitenciária Federal de Segurança Máxima de Campo Grande, no
Mato Grosso do Sul. Eles foram presos nessa quinta-feira (21) em dez estados
diferentes.
Entre eles, há um suspeito
preso em João Pessoa, no bairro de Cruz das Armas. A Polícia Federal atualizou
essa informação e disse que divulgou o local da prisão como Cabedelo,
acrescentando que precisou omitir informações por questões de
segurança. Antônio Andrade dos Santos Júnior, de 30 anos, é formado em
Comunicação Social e adotou o nome de Ahmed Al-Falluji.
Eles deverão responder pelos crimes de promoção de organização terrorista e realização de atos preparatórios de terrorismo, ambos previstos na Lei 13.260/2016, conhecida como Lei Antiterrorismo.
A lei diz, no Artigo
2º, que “terrorismo consiste na prática por um ou mais indivíduos dos atos
previstos neste artigo, por razões de xenofobia, discriminação ou preconceito
de raça, cor, etnia e religião, quando cometidos com a finalidade de provocar
terror social ou generalizado, expondo a perigo pessoa, patrimônio, a paz
pública ou a incolumidade pública". De acordo com a lei, atos de terror
são: “usar ou ameaçar usar, transportar, guardar, portar ou trazer consigo
explosivos, gases tóxicos, venenos, conteúdos biológicos, químicos, nucleares
ou outros meios capazes de causar danos ou promover destruição em massa”.
Segundo a legislação,
caso o acusado seja condenado, ele está sujeito a uma pena de 12 anos a 30 anos
de prisão, “além das sanções correspondentes à ameaça ou à violência”.
As investigações da
Operação Hashtag, de acordo com a PF, começaram em abril com o acompanhamento
de redes sociais pela Divisão Antiterrorismo. Os suspeitos presos participavam
de um grupo virtual denominado Defensores da Sharia e planejavam adquirir
armamentos para cometer crimes no Brasil e até mesmo no exterior.
Os mandados judiciais
que autorizaram a prisão dos dez suspeitos foram expedidos pela 14ª Vara
Federal de Curitiba. As prisões e mandados de busca e apreensão e de conduções
coercitivas foram cumpridos nos estados do Amazonas, Ceará, da Paraíba, de
Goiás, Minas Gerais, do Rio de Janeiro, de São Paulo, do Paraná, de Mato Grosso
e do Rio Grande do Sul. Fonte: Portal CORREIO.