247 – O ex-ministro Antonio Palocci foi
preso durante a 35ª da Operação Lava Jato. O nome desta nova etapa
é Omertà.
Ontem, em Ribeirão Preto (SP), cidade
de Palocci, o ministro da Justiça Alexandre de Moraes fez campanha por Duarte
Nogueira, do PSDB, e antecipou que haveria "mais Lava Jato" nesta
semana.
"Teve a semana passada e esta
semana vai ter mais, podem ficar tranquilos. Quando vocês virem esta semana,
vão se lembrar de mim", disse ele, que é filiado ao PSDB. Duarte Nogueira
é o principal adversário político de Palocci na cidade.
Para o PT, o governo começa a usar a
Polícia Federal com fins eleitoreiros em plena campanha municipal.
São cumpridos 45 mandados judiciais nos
Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul,
Espírito Santo e no Distrito Federal. São 27 de busca e apreensão, três de
prisão temporária, e 15 de condução coercitiva.
Além de Palocci, a PF prendeu também
seus dois principais assessores na Fazenda e na Casa Civil, Juscelino Dourado e
Branislav Kontic.
As investigações estão relacionadas ao
grupo Odebrecht. "Há indícios de que o ex-ministro atuou de forma direta a
propiciar vantagens econômicas ao grupo empresarial nas mais diversas áreas de
contratação com o Poder Público, tendo sido ele próprio e personagens de seu
grupo político beneficiados com vultosos valores ilícitos", diz nota da
PF.
As investigações apontam ainda que
dentre as negociações estão tratativas entre o grupo Odebrecht e o ex-ministro
para a tentativa de aprovação do projeto de lei de conversão da MP 460/2009,
que resultaria em imensos benefícios fiscais, aumento da linha de crédito junto
ao BNDES para país africano com a qual a empresa tinha relações comerciais,
além de interferência em licitações da Petrobras para aquisição de 21 navios
sonda para exploração da camada pré-sal. Fonte: Brasil 247.