Minas 247 – O senador Aécio Neves (PSDB-MG), que
decidiu incendiar o País logo após ser derrotado nas eleições presidenciais de
2014, está hoje na capa de todos os jornais. Mas não como um político correto
que hoje poderia estar saboreando a vitória de sua iniciativa no Tribunal
Superior Eleitoral, após os indícios de que a chapa Dilma-Temer contou com
financiamento ilegal de campanha. Aécio aparece como mais um moralista sem
moral, que pediu R$ 9 milhões, por fora, à construtora Odebrecht.
Os
recursos, segundo o delator Benedicto Júnior, o BJ, número dois da Odebrecht,
foram distribuídos entre seu marqueteiro Paulo Vasconcelos, o senador Antônio
Anastasia (PMDB-MG), mais um moralista sem moral, o derrotado Pimenta da Veiga
e o deputado Dimas Toledo Fabiano Júnior (PSDB-MG) – filho do notório Dimas
Toledo, responsável pela notória lista de Furnas.
O
mais grave, no caso de Aécio, é o fato dele próprio ter pedido as doações pelo
caixa dois. O político mineiro, que quis conquistar a presidência da República
na marra, ficará marcado para sempre pela hipocrisia.
Em
2015, Aécio se aliou a Eduardo Cunha, preso há quatro meses em Curitiba, para
paralisar o País e promover a política do "quanto pior, melhor". Em
2016, mergulhou de cabeça no governo de Michel Temer, tornando-se sócio do
assalto ao Estado. Hoje, o PSDB comanda a Petrobras, com Pedro Parente, e
alguns dos ministérios mais fortes, como Cidades e Relações Exteriores.
Por
isso mesmo, Aécio, que liderou um golpe parlamentar que já custou 7 milhões de
empregos e 10% da economia brasileira, não quer mais que a ação no TSE seja
julgada. O moralista sem moral, que pediu R$ 9 milhões, por fora, à Odebrecht,
hoje está no poder, mesmo tendo perdido as eleições presidenciais de 2014.
Até
agora, ele ainda não se pronunciou sobre a delação de BJ, mas deve um pedido de
desculpas ao País, que certamente não fará. Fonte: Brasil 247.