Quando da colonização
do Brasil pelos portugueses, surgiu de imediato um problema que precisava de
solução e poderia estar no índio dono desta terra: mão de obra que tocasse os
trabalhos em favor dos colonizadores. Não deu certo porque os silvícolas não
aceitavam a ideia de trabalhar para os colonizadores, que por vezes se tornavam
muito severos na exigência do trabalho deles.
Os portugueses
passaram a trazer da África nos porões fétidos e em muitas ocasiões tumulares
dos chamados “navios negreiros”, milhares de negros que foram transformados
barbaramente em escravos e nunca mais voltaram à terra natal para os braços dos
seus entes queridos. Aqui chegaram os que escaparam na travessia entre África e
Brasil, sendo vendidos a senhores de engenhos e fazendeiros para tocarem os
trabalhos nas suas propriedades.
Surgiram grupos que
pensavam humanamente em dar um basta nessa situação e enfrentaram os escravistas
e o governo imperial em todos os recantos possíveis, defendendo o final da
escravização humana no Brasil. Eram abolicionistas formados por religiosos,
pessoas do povo, políticos e literatos.
A extinção do tráfico
negreiro em 1850, marcaria fortemente o início das vitórias na luta pelo término
da escravidão no Brasil e outras vitórias foram surgindo passo a passo com a Lei
do Ventre-Livre (1871) determinando livres os filhos de escravos nascidos a
partir da promulgação da lei; a Lei Saraiva-Cotegipe (1885) que ficou conhecida
como dos Sexagenários porque determinava a libertação dos negros escravos com
mais de 65 anos de idade.
Em 13 de maio de
1888, a Princesa Isabel assinou a Lei Áurea, libertando definitivamente todos
os escravos que ainda existissem no país.
Era o fim do regime
escravista, perverso, violento e desumano no Brasil.