Em um dos depoimentos
que fazem parte de sua delação premiada, a empresária Mônica Moura, mulher do
marqueteiro João Santana, contou que eles criavam apelidos para seus principais
interlocutores com objetivo de não deixar muitos rastros em anotações de
agendas.
Segundo Mônica, a
ex-presidente Dilma Rousseff era a “tia”. Já o ex-presidente Luiz Inácio Lula
da Silva, era “Pavarotti”, em alusão ao cantor de ópera italiano.
Já o ex-ministro da
Fazenda Guido Mantega era o “laticínio”, por causa da proximidade do sobrenome
dele com a palavra manteiga.
– O apelido de
Mantega, não achem graça, era laticínio, que João inventou, porque era
manteiga. Pra não chamar Mantega, Mantega… A gente só se referia a ele como
laticínio. A gente inventava apelido para as pessoas para não ficar anotando o
nome deles em agenda. A Dilma só era tia. (Lula) era Pavarotti, porque tinha
uma época que ele tava muito gordo, tinha barba, parecia Pavarotti. Era Pava ou
Pavarotti. Na minha agenda, tenho vários telefones anotados como Pava – contou
a delatora.
Durante o depoimento,
a empresária disse ainda que a ex-presidente, apesar de “não confiar na
capacidade de ninguém”, desenvolveu uma relação de muita proximidade com João
Santana.
“A Dilma não confia
em ninguém, a Dilma tem uma dificuldade grave que ela não confia na capacidade
de ninguém, ela acha que todo mundo é burro, que todo mundo é incapaz. Com o
João é o contrário, ela tinha uma confiança nele, na inteligência, na
capacidade dele de pensar, muito grande. Então, ela recorria a ele sempre, para
escrever texto pra ela, pra dar conselho, pra nome de programa, ajuda nesse
sentido. Então ele tinha muito acesso a ela”, disse a publicitária. Fonte:
Yahoo Notícias.