Andrea Neves, irmã do senador
afastado Aécio Neves (PSDB-MG) foi presa preventivamente em razão da delação de
executivos do frigorífico JBS e agora pede para o Supremo Tribunal Federal
(STF) revogar a sua prisão. A defesa de Andrea quer que a prisão preventiva
seja convertida em medidas alternativas. Marcelo Leonardo, advogado de Andrea
Neves, alega que a cliente não tem participação nos supostos crimes e atribui a
responsabilidade ao irmão dela, Aécio.
"O
pedido do PGR (procruador-geral da República, Rodrigo Janot), e a decisão
agravada (do ministro do STF, Edson Fachin), em verdade, apontam razões que, se
existentes, poderiam ser aplicadas para a pessoa física do senador Aécio Neves,
nunca para sua irmã Andrea, residente na região de Belo Horizonte e sem
qualquer ação política pessoal", argumentou o advogado.
Em outro trecho do
documento apresentado pela defesa de Andrea, o advogado cita que "a
jurisprudência dos Tribunais Superiores rejeita a tentativa de justificar
prisão preventiva de uma pessoa com fundamentos aplicáveis a outra, por
violação do princípio pessoalidade da responsabilidade penal, do qual decorre a
imperiosa necessidade de individualização da fundamentação da prisão preventiva".
Como destaca o jornal
O Globo, o ministro do STF Edson Fachin autorizou na última quinta-feira, uma
operação deflagrada pela Polícia Federal que prendeu várias pessoas, entre elas
Andreia.
Aécio Neves não foi
preso mas também é um dos citados na delação de Joesley Batista. Em uma
gravação feita pelo empresário da JBS, Aécio aparece pedindo R$ 2 milhões ao
dono da empresa, sob a justificativa de que precisava da quantia para pagar
despesas com sua defesa na Lava Jato.
A investigação indica
que Andrea teria sido a responsável pela primeira abordagem ao empresário
Joesley Batista, por telefone e via WhatsApp. No entanto, a defesa da irmã de
Aécio afirma que ela nunca participou de questões financeiras das campanhas de
Aécio, como arrecadação de recursos.
"O único e
isolado episódio que teve participação de Andrea Neves foi a sua conversa com o
delator premiadíssimo Joesley, pessoa que até então ela não conhecia, como
reconhecido pelo mesmo, quando lhe fez a solicitação de ajuda para custeio de
despesas lícitas, mediante a oferta do imóvel de sua mãe, que foi recusada pelo
delator premiadíssimo Joesley, que preferiu conversar, diretamente, com o
senador Aécio Neves, cujo encontro foi marcado, com conhecimento de Andrea, a
qual não teve mais nenhuma participação nos fatos, tendo cessado sua
intervenção neste ponto", diz trecho do pedido da defesa de Andrea. Fonte:
Notícias ao Minuto.