Os
dois homens que estavam no avião com mais de 600 quilos de cocaína interceptado
pela Força Aérea Brasileira (FAB) no domingo, 25, indicaram um plano de voo
falso. A informação foi divulgada pelo delegado da Polícia Federal (PF) Bruno
Gama, em Goiânia, para onde foram trazidos o piloto, Apoena Índio do Brasil, e
o copiloto, Fabiano Júnior da Silva.
A dupla foi presa na
noite desta segunda-feira, 26, na cidade de Itapirapuã, em Goiás, na mesma
região onde fizeram o pouso forçado no domingo, em uma pista de Jussara, após
desobedecerem ordem para pousar em Aragarças, na divisa com o Mato Grosso. A
FAB determinou o disparo de um tiro de aviso que não atingiu o avião.
Diferentemente do
indicado no plano de voo ao delegado, o piloto teria dito que decolou de um
local na Bolívia, e não de uma fazenda de Mato Grosso pertencente ao ministro
da Agricultura, Blairo Maggi.
Ainda no depoimento,
ele teria afirmado que o pouso seria em uma fazenda de Jussara e que o
transporte da carga lhe renderia R$ 90 mil. Já o copiloto teria confessado que
era o dono da droga, avaliada pela PF em mais de R$ 20 milhões.
VOO. Os dois homens foram
denunciados por pessoas que suspeitaram quando eles deram entrada em um hotel
de Jussara, distante cerca de 30 quilômetros do local do pouso. Eles
sobreviveram ao pouso forçado que destruiu o bimotor PT IIJ após interceptação
de um Super Tucano da FAB, durante a Operação Ostium, que combate voos que
alimentam as redes de narcotráfico.
Assim que foi
noticiado o local indicado da decolagem no mapa de voo, a empresa que arrenda a
fazenda citada nele, o Grupo Amaggi, e o ministro Blairo Maggi, dono da
propriedade, manifestaram-se e negaram conhecimento do caso.
A PF se concentra
agora na identificação real do plano de voo e do proprietário do bimotor e da
droga, informação que será repassada à FAB. Com informações do Estadão
Conteúdo. Fonte: Notícias ao Minuto.