O presidente Michel Temer realizou pronunciamento na
tarde desta terça-feira (27) e criticou a denúncia de Procuradoria-Geral
da República (PGR) apresentada contra ele pelo crime de corrupção passiva.
O presidente reclamou da falta de provas e classificou o documento como
obra de "ficção". O questionamento foi voltado especialmente à
gravação da conversa feita pelo empresário Joesley Batista, sócio da JBS. As
delações premiadas de executivos da empresa apontam que o presidente autorizou
no diálogo a compra do silêncio do ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha
(PMDB-RJ). "Fui denunciado por corrupção passiva sem jamais ter recebido
valores. Onde estão as provas concretas de recebimento desses valores?
Examinando as denúncias, que falo com conhecimento de causa, inventaram a
denúncia por ilação. Se alguém cometeu um crime e eu o conheço, logo, a ilação
é que eu sou também um criminoso", ironizou Temer, ressaltando que tem
"preocupação mínima" em relação ao caso do ponto de vista jurídico.
Ele disse que só decidiu fazer um pronunciamento por conta da repercussão
política e dos ataques pessoais. "Nesse momento em que estamos colocando o
país nos trilhos é que somos vítimas dessa infâmia de natureza política",
reclamou "Não permitirei que me acusem de crimes que jamais cometi".
Durante o pronunciamento, Temer ainda sugeriu que o procurador-geral da
República, Rodrigo Janot, poderia ter sido beneficiado com o acordo de delação
premiada fechado pela JBS. Fonte: BN – Bahia Notícias.