Ao longo dos séculos, aquele que apenas colecionava
detalhes e nuances de acontecimentos da vida de um povo ou da formação da
cidade – construção da história –, passou a se especializar cada vez mais no seu
estudo e qualificando seus conhecimentos, trazem-no ao público para informação
e discussão. Não mede esforços e nem se poupa na apreciação das fontes produtoras
do conhecimento e do processo histórico.
A figura grega de Heródoto, geógrafo e historiador, é
tida como “Pai da História”, desde que relatou a invasão da Grécia pelos
persas, no início do século V a.C.
A cada contato com ouvintes, a figura do historiador – o
estudioso assumiu essa qualificação – está se fazendo muito presente no
cotidiano da sociedade sedenta de conhecimentos e até muito participativa por vezes,
na discussão dos fatos e seus efeitos sobre o povo.
A História é apaixonante e quem a escuta ou lê, não se
limita no que diz respeito a tempo, se demora enquanto o cansaço não o domina, pois
lhe vão surgindo novas versões e sobre essas desenvolve naturalmente observações
críticas. Dá-se ai entre o historiador e o estudioso iniciante, um
entrelaçamento, um encontro marcante.
Julgo que a figura do historiador, sem desconhecer os
méritos de outros profissionais de ciências sociais, torna-se muito importante
neste momento crucial porque passa o país, para oferecer análises das ações dos
nossos agentes políticos, descobrindo nas entrelinhas do que digam ou escrevam,
a verdade a ser produzida sobre o povo
sofrido e pasmo. É preciso descontruir o discurso que apresentam os políticos
atuais e levar o seu resultado ao conhecimento público.
Se um povo sem história é dito sem memória, imagine-o sem
a figura do historiador.
Parabéns aos historiadores pela sua data maior no dia de
hoje.