segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018

INTERVENÇÃO NO RIO É PAUTADA EM PROTESTO: ‘PRENÚNCIO DE CESSAR DEMOCRACIA’



Além da reforma da Previdência, a intervenção militar determinada pelo governo federal na área de segurança pública no Rio de Janeiro também entrou na pauta dos manifestantes que se reúnem na manhã desta segunda-feira (19) na região do Iguatemi. “Nós não podemos deixar de denunciar essa intervenção militar no Rio de Janeiro, porque é um prenúncio de cessar a democracia e voltar à época da ditadura militar. Na verdade, o que Temer quer é se perpetuar no poder, é não ter eleição em 2018. E nós estamos exigindo democracia no país e acabaram com a democracia, com o direito do povo de protestar, o direito do povo se organizar. E com a ditadura não dá pra fazer isso”, aponta o presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Pascoal Carneiro, que classifica a iniciativa como “farsa”. O dirigente sindical, no entanto, teme que a medida possa ser estendida a outros estados. “Ele mesmo falou, Michel Temer falou que não era só no Rio de Janeiro, que era uma metástase. E essa metástase está no país inteiro. Se ele disse isso, é prenúncio de que ele quer coisa maior. E nós precisamos nos organizar para evitar isso”, afirmou. Fonte: BN – Bahia Notícias.

OPINIÃO DO BLOG: Quando os governantes perdem a postura moral e da decência como se está vendo atualmente, graças a tantas denúncias de corrupção e envolvimento em ações ilícitas por parte de quem faz o poder brasileiro, a tendência é a grande maioria da população desacreditar nos seus atos e palavras.
Lembra bem o sindicalista que no Brasil não faz tanto tempo que permita se ter chegado ao esquecimento, para salvar a Pátria já se deu golpe e se levou o povo a viver dias de insatisfação e perseguição, por ser mantido sob regime ditatorial com duração de vinte anos. E quem garante que Michel Temer e seus comandados não estão tentando emplacar várias intervenções nos estados brasileiros, sob alegação de que precisa amparar o povo e auxiliar os governantes estaduais na manutenção da ordem?
Quem arma esquema à calada da noite e com tantos subterfúgios para dar golpe e chegar ao poder central do país com a sua tropa, também pode agora estar pensando justamente na possibilidade de se perpetuar no poder por mais tempo, através de intervenções legais em estados da federação, sob a bandeira de garantia da ordem e segurança popular. E no ano eleitoral?
Ah, a propósito lembro muito bem de um adágio que diz que "macaco velho não bota a mão em cumbuca". E o brasileiro atual se identifica muito com esse pensamento. Não vai arriscar a acreditar em quem não lhe tem falado a verdade desde que arquitetou o golpe.
         Que mais um golpe não seja realmente a ideia do Palácio do Planalto, atualmente, e que permita definitivamente ao povo brasileiro, o direito de ir democraticamente às urnas de outubro deste ano, escolher os seus governantes e parlamentares nos níveis federal e estadual.