Além
da reforma da Previdência, a intervenção militar determinada pelo governo
federal na área de segurança pública no Rio de Janeiro também entrou na pauta
dos manifestantes que se reúnem na manhã desta segunda-feira (19) na região do
Iguatemi. “Nós não podemos deixar de denunciar essa intervenção militar no Rio
de Janeiro, porque é um prenúncio de cessar a democracia e voltar à época da
ditadura militar. Na verdade, o que Temer quer é se perpetuar no poder, é não
ter eleição em 2018. E nós estamos exigindo democracia no país e acabaram com a
democracia, com o direito do povo de protestar, o direito do povo se organizar.
E com a ditadura não dá pra fazer isso”, aponta o presidente da Central dos
Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Pascoal Carneiro, que classifica
a iniciativa como “farsa”. O dirigente sindical, no entanto, teme que a medida
possa ser estendida a outros estados. “Ele mesmo falou, Michel Temer falou que
não era só no Rio de Janeiro, que era uma metástase. E essa metástase está no
país inteiro. Se ele disse isso, é prenúncio de que ele quer coisa maior. E nós
precisamos nos organizar para evitar isso”, afirmou. Fonte: BN – Bahia Notícias.
OPINIÃO DO BLOG: Quando os governantes perdem a postura moral e da
decência como se está vendo atualmente, graças a tantas denúncias de corrupção
e envolvimento em ações ilícitas por parte de quem faz o poder brasileiro, a
tendência é a grande maioria da população desacreditar nos seus atos e
palavras.
Lembra bem o
sindicalista que no Brasil não faz tanto tempo que permita se ter chegado ao
esquecimento, para salvar a Pátria já se deu golpe e se levou o povo a viver
dias de insatisfação e perseguição, por ser mantido sob regime ditatorial com
duração de vinte anos. E quem garante que Michel Temer e seus comandados não estão
tentando emplacar várias intervenções nos estados brasileiros, sob alegação de
que precisa amparar o povo e auxiliar os governantes estaduais na manutenção da
ordem?
Quem arma esquema
à calada da noite e com tantos subterfúgios para dar golpe e chegar ao poder
central do país com a sua tropa, também pode agora estar pensando justamente na
possibilidade de se perpetuar no poder por mais tempo, através de intervenções
legais em estados da federação, sob a bandeira de garantia da ordem e segurança
popular. E no ano eleitoral?
Ah, a propósito lembro muito bem de um adágio que diz que "macaco velho não bota a mão em cumbuca". E o brasileiro atual se identifica muito com esse pensamento. Não vai arriscar a acreditar em quem não lhe tem falado a verdade desde que arquitetou o golpe.
Que mais um golpe não
seja realmente a ideia do Palácio do Planalto, atualmente, e que permita definitivamente ao
povo brasileiro, o direito de ir democraticamente às urnas de outubro deste
ano, escolher os seus governantes e parlamentares nos níveis federal e estadual.