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- O ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto escreveu carta em
que sai em defesa do ex-presidente Lula e diz que o sócio da OAS Léo Pinheiro
mentiu ao dizer que foi ele que intermediou o recebimento de apartamento
tríplex em Guarujá para o petista.
O
dirigente petista também refuta a declaração de Pinheiro de que o imóvel fez
parte de um esquema de propinas na Petrobras.
A
declaração de Pinheiro de que o tríplex supostamente presenteado a Lula fazia
parte de um esquema de propinas da Petrobras foi usada pelo juiz federal Sergio
Moro e pelos desembargadores do TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região)
para condenar o ex-presidente.
"Não
é verdade o que declarou o Léo Pinheiro em depoimento e delação premiada, que
as doações feitas pela empresa OAS ao PT estariam ligadas a supostos pagamentos
de propinas relacionadas ao contrato desta empresa com a Petrobras. Nunca tive
qualquer tratativa ou conversa com Léo Pinheiro para tratar de questões ilegais
envolvendo o recebimento de propina", diz a carta.
Prossegue
o texto: "Também não é verdade o que diz Léo Pinheiro, que eu teria
intermediado, em nome do ex-presidente Lula, o recebimento do tríplex do
Guarujá como pagamento de vantagens indevidas".
A carta,
datada de 7 de fevereiro com firma reconhecida no último dia 22, foi usada pela
defesa de Lula em recurso apresentado nesta segunda (26) ao TRF-4. Os advogados
do ex-presidente afirmam que o fato de o juiz ter se recusado a ouvir Vaccari
sobre as declarações de Pinheiro caracteriza "grave cerceamento de
defesa", o que resulta em nulidade.