O ministro Marco
Aurélio, do STF (Supremo Tribunal Federal), decidiu manter para a próxima
terça-feira (17) o julgamento sobre o recebimento da denúncia da PGR
(Procuradoria-Geral da República) contra o senador Aécio Neves (PSDB-MG) em um
dos inquéritos resultantes da delação do empresário Joesley Batista, do grupo
J&F. As informações são da Agência Brasil.
Também
são alvos da mesma denúncia a irmã do senador, Andrea Neves, o primo dele,
Frederico Pacheco, e Mendherson Souza Lima, ex-assessor parlamentar do senador
Zezé Perrella (PMDB-MG), flagrado com dinheiro vivo. Todos foram acusados de
corrupção passiva.
O pedido
de adiamento foi feito pela defesa de Andrea. O advogado alegou que não poderia
comparecer à sessão porque teria de participar de outro julgamento no STJ
(Superior Tribunal de Justiça).
Para o
ministro Marco Aurélio, a defesa não apresentou justificativa relevante.
"Nada impede que os julgamentos agendados para a data sejam ordenados, no
próprio dia, de modo a possibilitar ao profissional, ante a proximidade dos
Tribunais, a realização de sustentação oral em ambos", decidiu.
Segundo
a denúncia, apresentada há mais de dez meses, Aécio solicitou a Joesley
Batista, em conversa gravada pela Polícia Federal, R$ 2 milhões em propina, em
troca de sua atuação política. O senador foi acusado pelo então
procurador-geral da República Rodrigo Janot dos crimes de corrupção passiva e
tentativa de obstruir a Justiça.
Em nota
divulgada na última terça-feira, o advogado Alberto Toron, que representa Aécio
Neves, disse que o senador foi "vítima de uma situação forjada,
arquitetada por criminosos confessos que, sob a orientação do então procurador
Marcelo Miller, buscavam firmar um acordo de delação premiada fantástico".
Com informações da Folhapress. Fonte: Notícias ao Minuto.